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quarta-feira, 16 de julho de 2025

IA antecipa sinais de saída e vira aliada contra turnover em alta

Ferramentas já conseguem identificar sinais sutis de desengajamento antes que o colaborador peça para sair — e têm ganhado espaço em companhias com alto índice de rotatividade


Com turnover elevado e escassez de talentos qualificados nos grandes centros urbanos, empresas em crescimento têm recorrido à inteligência artificial para antecipar pedidos de demissão antes que eles aconteçam. A tecnologia, que já faz parte da rotina de áreas como marketing e vendas, agora também ganha espaço no RH, ao detectar padrões comportamentais que indicam perda de engajamento. 

"Em vez de agir de forma reativa quando o colaborador anuncia a saída, conseguimos hoje identificar sinais precoces e tomar decisões com base em dados", explica Tiago Santos, vice-presidente de Comunidade e Crescimento da Sesame HR, empresa especializada em gestão de pessoas com apoio de tecnologia. “Quedas frequentes de produtividade, mudanças no tom de interações em plataformas corporativas e atrasos recorrentes, por exemplo, são indícios que podem ser monitorados de forma ética e anônima com apoio da IA.”

Isso é possível através da tecnologia utilizada em softwares de empresas como a Sesame HR. A lógica é simples: cruzando dados colhidos através de avaliações de desempenho, feedbacks, clima organizacional e até mesmo do controle digital da jornada. Os algoritmos mostram tendências e alertam os líderes de forma preventiva. 

“O uso da IA no RH não é sobre controle, mas sobre empatia baseada em dados. Ao compreender sinais de desengajamento, conseguimos atuar antes que o colaborador se frustre a ponto de sair”, afirma Tiago.

Para ele, essa proatividade tem sido essencial especialmente em empresas que crescem rápido, onde a perda de talentos estratégicos pode gerar prejuízos operacionais e culturais.

Além disso, o recurso tem ajudado líderes a mapear gargalos de gestão e melhorar a jornada dos times com base em evidências. “Muitas vezes o problema não está no colaborador, mas em uma liderança sobrecarregada ou falta de clareza nas metas. A IA permite enxergar isso com mais nitidez e profundidade”, completa o executivo. 

Com os avanços recentes, a previsão de turnover deixou de ser aposta futurista e já começa a fazer parte da rotina de empresas que enxergam a retenção como vantagem competitiva. “Antecipar a saída é apenas a ponta do iceberg. O grande valor está em fortalecer relações e construir ambientes mais humanos — mesmo com o apoio de máquinas”, finaliza Tiago. 

 

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