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Com o início do segundo semestre letivo, escolas de
todo o país aceleram a adoção de práticas educacionais mais inovadoras. De
acordo com o relatório Education at a Glance 2023, da OCDE, o Brasil já
registra avanços em políticas educacionais voltadas ao desenvolvimento de
competências do século XXI, com destaque para o uso de tecnologias e
metodologias ativas.
Entre as estratégias mais adotadas no segundo semestre, ganha
força a personalização da aprendizagem. Escolas e redes de
ensino têm investido em plataformas adaptativas, trilhas personalizadas e
avaliação formativa para respeitar o ritmo e os interesses de cada estudante.
“Estamos deixando para trás o modelo padronizado e apostando em um
ensino que reconhece o aluno como protagonista do próprio processo”, afirma
Maria Claudia Amaro, fundadora da Rhyzos Educação, instituição destinada a criar, desenvolver, apoiar e
investir em negócios e iniciativas em educação básica no Brasil.
Outro eixo prioritário, segundo Maria Claudia, é o fortalecimento
das habilidades socioemocionais. A Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) reconhece esse aspecto como essencial para a formação
integral dos estudantes. Por isso, práticas como rodas de conversa, projetos
colaborativos e ações de escuta ativa vêm sendo incorporadas de forma
transversal ao currículo.
O ensino bilíngue também se consolida
como uma tendência em alta, especialmente nas grandes redes privadas e escolas
que apostam na internacionalização. Segundo a Associação Brasileira do Ensino
Bilíngue (Abebi), o número de escolas bilíngues cresceu mais de 60% nos últimos
cinco anos no Brasil, impulsionado pela demanda das famílias por uma formação
global e por melhores oportunidades acadêmicas e profissionais no futuro.
“Além disso, práticas pedagógicas que promovem o engajamento,
como gamificação, aprendizagem baseada em projetos (PBL) e uso criativo de
tecnologia, devem ganhar ainda mais espaço neste semestre. Precisamos conectar
os conteúdos à realidade dos estudantes e oferecer experiências de aprendizagem
mais significativas. Só assim conseguiremos mantê-los motivados e ativos em
sala de aula”, complementa a especialista.
Junto a isso, outro movimento observado é a valorização de
metodologias que ampliam a autonomia do aluno, como o ensino
híbrido e a aprendizagem por investigação. Tais abordagens favorecem o
pensamento crítico, a colaboração e a resolução de problemas, aspectos
fundamentais em um mundo em constante transformação.
Para o segundo semestre, especialistas apontam ainda a importância da formação continuada de educadores, com foco em inovação pedagógica e integração de recursos digitais. O investimento em capacitação docente é considerado essencial para garantir a efetividade das transformações em curso.
“Com esse panorama, o setor educacional brasileiro mostra
disposição para evoluir em direção a uma escola mais conectada com os desafios
contemporâneos e mais centrada no estudante, valorizando o conhecimento, mas
também as relações humanas, a autonomia e o pensamento crítico. É fundamental
que o aluno entenda que ele tem voz, escolha e responsabilidade no próprio
aprendizado, ao mesmo tempo em que a escola dê importância ao desenvolvimento
da empatia, da escuta e da autorregulação”, conclui Maria Claudia.

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