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quarta-feira, 16 de julho de 2025

Além da tecnologia: por que as soft skills definem quem vai liderar o futuro do trabalho

Especialista alerta que, em meio à revolução tecnológica, competências sociais se tornam cada vez mais decisivas e insubstituíveis.

 

Saber operar ferramentas digitais, entender dados, usar plataformas automatizadas: tudo isso já faz parte do repertório básico de quem deseja se manter competitivo no mercado de trabalho. No entanto, à medida que as tecnologias ganham protagonismo, um outro conjunto de competências passou a ser considerado inegociável: as chamadas soft skills. 

É esse conjunto de competências, relacionadas à forma como lidamos com os outros e com nós mesmos que hoje diferencia profissionais em ambientes cada vez mais conectados, complexos e imprevisíveis. Ter domínio técnico, por si só, já não garante destaque. É a capacidade humana que sustenta as decisões, as relações e o impacto no longo prazo. Como reforça Alexandre Gracioso, especialista em aprendizagem e competências socioemocionais: “Fica evidente que as habilidades humanas passaram a ocupar um papel central nas organizações. Essas mudanças estão diretamente ligadas às transformações aceleradas do ambiente de trabalho e à necessidade de construir culturas mais colaborativas, inovadoras e preparadas para lidar com a imprevisibilidade.”  

Essa percepção é confirmada por um levantamento da Pearson, empresa global de educação e tecnologia com foco em empregabilidade e aprendizagem ao longo da vida: 90% das habilidades mais valorizadas pelas empresas atualmente estão ligadas à dimensão humana, como comunicação, empatia, pensamento crítico e trabalho em equipe. A projeção para os próximos anos também é clara: qualificações como colaboração, inteligência emocional e capacidade de aprendizado contínuo são apontadas como essenciais para que profissionais se mantenham relevantes em um mercado que muda constantemente 

Ainda assim, mesmo sendo um requisito importante, encontrar profissionais com essas competências tem se tornado um desafio crescente para recrutadores. Um dos fatores que contribuem para essa dificuldade está na forma como muitos têm se relacionado com a tecnologia no dia a dia. Segundo estudo publicado no periódico internacional Societies, da editora MDPI, usuários que recorrem com frequência a ferramentas como a inteligência artificial apresentaram desempenho inferior em tarefas que exigem pensamento crítico, em comparação a quem utiliza esses recursos de maneira mais equilibrada. A constatação serve de alerta: automatizar processos pode gerar eficiência, mas não substitui a capacidade de análise autônoma, justamente o que sustenta a atuação em contextos complexos. E é essa capacidade que vem se tornando cada vez mais rara. 

Com esse desafio cada vez mais evidente no universo corporativo, cresce também a urgência por soluções que ajudem a desenvolver, na prática, as competências que vêm faltando. Por isso, não é raro ver empresas e universidades implementando tecnologias voltadas ao fortalecimento das habilidades humanas. De um lado, as companhias querem investir em seus profissionais para ampliar desempenho, engajamento e autonomia. Do outro, as instituições de ensino superior buscam integrar esse tipo de desenvolvimento aos currículos tradicionais, com o objetivo de formar pessoas realmente preparadas para lidar com as exigências de um ambiente profissional em evolução contínua. “Na Pearson, temos o Pearsonabilities, que foi desenvolvido justamente para apoiar esse processo de transformação. Sabemos que muitos alunos chegam ao ensino superior sem ter tido espaço para desenvolver habilidades sociais no nível que o mercado exige e acabam precisando aprender no improviso, no ambiente de trabalho. O Pearsonabilities antecipa esse desenvolvimento ainda na graduação, com trilhas formativas e certificações que alinham os alunos às demandas reais das empresas, sem perder de vista a jornada acadêmica”, afirma Teresa Islas, Gerente de produtos LATAM da Pearson. 

Em um cenário de rápidas transformações, saber lidar com pessoas, se comunicar com clareza e tomar decisões conscientes não é mais um diferencial, é a base. O profissional do futuro será, cada vez mais, tecnológico na execução e profundamente humano na essência. 

Essa combinação de domínio técnico aliado a aptidões comportamentais sólidas é o que garante não apenas a empregabilidade, mas também a capacidade de inovar, liderar e construir relações de confiança em ambientes diversos. Em outras palavras: por mais avançadas que sejam as ferramentas, é a inteligência humana que continuará dando sentido às ideias, às relações e aos negócios.

 

Pearson
pearsonplc.com

 

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