quarta-feira, 16 de julho de 2025

Educação no segundo semestre será marcada por personalização, bilinguismo e foco no aluno

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Setor educacional investe em inovação pedagógica com ênfase em habilidades socioemocionais, protagonismo estudantil e ensino bilíngue para ampliar o engajamento

 


Com o início do segundo semestre letivo, escolas de todo o país aceleram a adoção de práticas educacionais mais inovadoras. De acordo com o relatório Education at a Glance 2023, da OCDE, o Brasil já registra avanços em políticas educacionais voltadas ao desenvolvimento de competências do século XXI, com destaque para o uso de tecnologias e metodologias ativas. 

Entre as estratégias mais adotadas no segundo semestre, ganha força a personalização da aprendizagem. Escolas e redes de ensino têm investido em plataformas adaptativas, trilhas personalizadas e avaliação formativa para respeitar o ritmo e os interesses de cada estudante. 

“Estamos deixando para trás o modelo padronizado e apostando em um ensino que reconhece o aluno como protagonista do próprio processo”, afirma Maria Claudia Amaro, fundadora da Rhyzos Educação, instituição destinada a criar, desenvolver, apoiar e investir em negócios e iniciativas em educação básica no Brasil. 

Outro eixo prioritário, segundo Maria Claudia, é o fortalecimento das habilidades socioemocionais. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) reconhece esse aspecto como essencial para a formação integral dos estudantes. Por isso, práticas como rodas de conversa, projetos colaborativos e ações de escuta ativa vêm sendo incorporadas de forma transversal ao currículo. 

O ensino bilíngue também se consolida como uma tendência em alta, especialmente nas grandes redes privadas e escolas que apostam na internacionalização. Segundo a Associação Brasileira do Ensino Bilíngue (Abebi), o número de escolas bilíngues cresceu mais de 60% nos últimos cinco anos no Brasil, impulsionado pela demanda das famílias por uma formação global e por melhores oportunidades acadêmicas e profissionais no futuro. 

“Além disso, práticas pedagógicas que promovem o engajamento, como gamificação, aprendizagem baseada em projetos (PBL) e uso criativo de tecnologia, devem ganhar ainda mais espaço neste semestre. Precisamos conectar os conteúdos à realidade dos estudantes e oferecer experiências de aprendizagem mais significativas. Só assim conseguiremos mantê-los motivados e ativos em sala de aula”, complementa a especialista. 

Junto a isso, outro movimento observado é a valorização de metodologias que ampliam a autonomia do aluno, como o ensino híbrido e a aprendizagem por investigação. Tais abordagens favorecem o pensamento crítico, a colaboração e a resolução de problemas, aspectos fundamentais em um mundo em constante transformação. 

Para o segundo semestre, especialistas apontam ainda a importância da formação continuada de educadores, com foco em inovação pedagógica e integração de recursos digitais. O investimento em capacitação docente é considerado essencial para garantir a efetividade das transformações em curso.  

“Com esse panorama, o setor educacional brasileiro mostra disposição para evoluir em direção a uma escola mais conectada com os desafios contemporâneos e mais centrada no estudante, valorizando o conhecimento, mas também as relações humanas, a autonomia e o pensamento crítico. É fundamental que o aluno entenda que ele tem voz, escolha e responsabilidade no próprio aprendizado, ao mesmo tempo em que a escola dê importância ao desenvolvimento da empatia, da escuta e da autorregulação”, conclui Maria Claudia.

 

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