Até que ponto o tarifaço de Trump é prejudicial?
Com
a iminente imposição de tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros
exportados aos Estados Unidos, o cenário parece desfavorável para as relações
comerciais entre os dois países. No entanto, para brasileiros qualificados que
buscam migrar para os EUA, essa crise abre uma janela de oportunidade,
especialmente para quem tem perfil estratégico e visão de longo prazo.
O
novo contexto: protecionismo e reorganização de cadeias produtivas
A medida tarifária, se concretizada, representa mais que uma retaliação pontual: ela sinaliza uma tendência global de relocalização produtiva, diversificação de fornecedores e incentivo à produção local nos EUA. Isso obriga empresas americanas a repensarem suas cadeias logísticas, substituírem fornecedores, reduzirem a dependência de mercados instáveis e reforçarem sua presença interna.
É
nesse cenário que profissionais brasileiros com visão estratégica podem se
destacar.
Quem
são esses perfis estratégicos?
• Engenheiros e
especialistas em operações industriais, capazes de implementar ou otimizar
plantas produtivas nos EUA;
• Profissionais de
logística e cadeia de suprimentos, que saibam redesenhar fluxos internacionais
e garantir eficiência com menor dependência do Brasil;
• Empreendedores
com plano de negócios local, que substituam a exportação por produção ou
comercialização diretamente em solo americano;
• Consultores,
contadores e advogados com experiência em comércio internacional, compliance e
estruturação de operações cross-border;
• Executivos com
networking internacional e histórico de internacionalização empresarial.
Vistos
e caminhos disponíveis
Profissionais
com esse perfil podem se qualificar para vistos e green cards baseados em
mérito e contribuição profissional, como:
• EB-2 NIW
(National Interest Waiver) – para quem demonstra que sua atuação é do interesse
dos EUA;
• EB-1A ou O-1A –
para profissionais com carreira sólida;
• Vistos de
negócios (L-1, E-2) – para quem pretende abrir filial ou empresa própria nos
EUA.
Além disso, esses profissionais costumam reunir os três pilares que o sistema migratório americano mais valoriza: qualificação, capacidade de gerar impacto positivo nos EUA e autonomia financeira.
Transformando
instabilidade em vantagem competitiva
Em
vez de ver o cenário atual como barreira, o brasileiro estratégico deve
enxergar oportunidades ocultas em tempos de mudança. Empresas americanas estão
sedentas por soluções eficientes, fornecedores confiáveis e liderança
adaptável, exatamente o tipo de contribuição que um imigrante qualificado e
bem-posicionado pode oferecer.
Vinícius Bicalho - Advogado licenciado nos EUA, Brasil e Portugal; Sócio fundador da Bicalho Legal Consulting P.A.; Mestre em direito nos EUA pela University of Southern California; Mestre em direito no Brasil pela Faculdade de Direito Milton Campos (MG); Membro da AILA – American Immigration Lawyers Association; Responsável pelo Guia de Imigração da AMCHAM; Professor de Pós-graduação em direito migratório; O único advogado brasileiro citado duas vezes na lista dos “confiáveis" do New York Times.
Bicalho Consultoria Legal

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