Frio severo, pressão alta e coração em risco: cardiologista do Hospital Costantini explica relação perigosa entre o inverno e doenças cardiovasculares
Com
a chegada do inverno, crescem também os riscos para a saúde cardiovascular. De
acordo com especialistas, os meses mais frios do ano registram aumento
significativo nos casos de infarto e outros problemas cardíacos, exigindo
atenção redobrada — especialmente entre os pacientes com histórico de doenças
cardiovasculares.
“Com a chegada do frio, nosso corpo reage para conservar
calor, e essa adaptação natural pode sobrecarregar o coração. As artérias se
contraem para diminuir a perda de calor pela pele, o que eleva a pressão
arterial e força o coração a bombear com mais força. Ao mesmo tempo, o sangue
tende a ficar mais denso e mais propenso a formar coágulos. Para quem já possui
placas de colesterol nas artérias, essa combinação é perigosa: o aumento da
pressão pode rompê-las, e a maior tendência de coagulação pode formar um trombo
que bloqueia o fluxo de sangue, causando o infarto. Por isso, agasalhar-se bem
no inverno é um ato fundamental de cuidado com o coração”, explica Marcio
Moreno Luize, médico cardiologista do Hospital Costantini, instituição
referência em cardiologia.
Segundo o especialista, mesmo pessoas sem diagnóstico
prévio de doença cardíaca podem ser afetadas. “O frio pode desencadear um
primeiro evento cardiovascular em indivíduos aparentemente saudáveis,
especialmente em situações de esforço físico intenso ao ar livre, como
atividades esportivas ou tarefas domésticas pesadas”, afirma.
Para evitar complicações, o cardiologista orienta
cuidados básicos como manter-se bem agasalhado, evitar mudanças bruscas de
temperatura, manter a hidratação, tomar as vacinas contra gripe e pneumonia e
redobrar a atenção com a pressão arterial. “Idosos, hipertensos, diabéticos e
tabagistas formam o grupo mais vulnerável e devem seguir uma rotina de
monitoramento rigorosa nesse período”, acrescenta.
Além do infarto, o frio também pode agravar quadros de
insuficiência cardíaca, aumentar a incidência de arritmias e elevar o risco de
AVC. Por isso, a orientação é estar atento aos sinais de alerta, como dor no
peito, falta de ar, suor frio, palpitações ou sensação de desmaio.
“Reconhecer os sintomas e procurar atendimento imediato pode ser decisivo para salvar vidas. No Hospital Costantini, temos estrutura especializada e equipe preparada para atender com agilidade e segurança casos de emergência cardíaca em qualquer época do ano”, conclui o cardiologista.
Fique de olho
Reconheça os sinais de alerta e saiba quando procurar
ajuda.
- Dor
ou pressão no peito irradiando para braço, mandíbula, costas ou ombro;
- Falta
súbita de ar, mesmo em repouso ou atividades leves;
- Suor
frio, tontura, náusea ou sensação de desmaio;
- Palpitações
intensas, sensação de “coração disparado” ou pausa cardíaca;
- Edema
súbito nos membros inferiores, inchaço abdominal ou ganho de peso rápido
(sinal de insuficiência);
- Confusão
mental, fraqueza súbita em rosto ou membro (pode indicar AVC).
Hospital Cardiológico Costantini

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