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segunda-feira, 24 de março de 2025

Índice de erros na declaração de Imposto de Renda aumenta e empresas buscam auxílio profissional

 

Consultor financeiro explica os principais erros na declaração do IR e oferece dicas para garantir a regularidade fiscal de MEIs, microempresas e grandes corporações.


A temporada de declaração de Imposto de Renda (IR) teve início na última segunda-feira, 17 de março, e seguirá até o dia 30 de maio. Com o objetivo de facilitar o processo, a Receita Federal tem digitalizado cada vez mais a declaração, o que também contribui para um sistema de fiscalização mais eficiente e rigoroso.

De acordo com dados da Receita Federal, no ano passado, mais de 45 milhões de declarações foram entregues referentes ao ano-base de 2023. Desses, aproximadamente 1,47 milhão, ou 3,2% do total, foram retidas para verificação. Os erros relacionados a deduções foram os principais responsáveis pela retenção, representando 57,4% dos casos, com destaque para falhas nos gastos médicos, que corresponderam a 51,6% do total. Além disso, a omissão de rendimentos foi responsável por 27,8% das declarações retidas.

A declaração de IR é uma obrigação anual e exige atenção das empresas, mas é comum surgirem dúvidas sobre o preenchimento correto, o que pode gerar riscos e, em casos mais graves, problemas fiscais.


A importância de um bom planejamento fiscal

Rangel Chavans, consultor empresarial, destaca a relevância de um planejamento adequado e da orientação profissional. “Muitas empresas, independentemente do porte, deixam de buscar auxílio especializado por acreditarem que o processo de declaração do Imposto de Renda é simples. No entanto, cada categoria empresarial tem suas especificidades, e um preenchimento incorreto pode acarretar complicações fiscais que, a longo prazo, prejudicam a saúde financeira do negócio”, afirma.


Principais erros na declaração de IR e como evitá-los

Entre os erros mais comuns na declaração do Imposto de Renda das empresas, estão a omissão de receitas, a classificação incorreta de despesas e falhas na apuração de rendimentos. Muitas empresas optam pelo regime tributário inadequado ou deixam de informar todas as movimentações financeiras, como transferências e pagamentos a fornecedores. A desorganização nos documentos fiscais e o descaso com bens também são problemas frequentes que podem comprometer a precisão da declaração.

Para evitar esses equívocos, é fundamental manter a documentação organizada e revisar todas as informações antes do envio. Contar com o apoio de um consultor financeiro garante que o preenchimento seja realizado corretamente, prevenindo complicações fiscais e multas. Uma gestão organizada pode, inclusive, evitar a retenção de impostos indevidos.


Documentação necessária para a declaração de IR

Para a declaração correta do Imposto de Renda, as empresas precisam reunir documentos essenciais, como: balancetes, notas fiscais de vendas e compras, comprovantes de receitas e despesas, extratos bancários, folhas de pagamento, recibos de pró-labore, além de informações sobre tributos pagos e retenções fiscais.


Declaração de IR conforme o porte da empresa

A forma de declaração de Imposto de Renda varia conforme o porte e o tipo de empresa. Para os Microempreendedores Individuais (MEI), a declaração é simplificada e geralmente realizada por meio da Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI), que abrange a receita bruta do ano e o cumprimento das obrigações fiscais.

Microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) que optam pelo Simples Nacional também podem utilizar a DASN-SIMEI ou a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), conforme o regime tributário adotado. Essas empresas devem reportar suas receitas e tributos de maneira simplificada, mas com mais detalhes do que o MEI.

Já as grandes corporações, que optam pelo Lucro Real ou Lucro Presumido, precisam realizar declarações mais complexas, como a Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (DIPJ) ou a DCTF. Nessas declarações, é necessário reportar uma apuração mais detalhada de receitas, despesas, impostos devidos e compensações, sendo essas empresas mais suscetíveis a fiscalizações rigorosas e exigindo um acompanhamento contínuo para garantir a conformidade fiscal.


Consultoria Financeira: chave para uma declaração sem erros

A consultoria financeira é fundamental para garantir que a empresa cumpra corretamente suas obrigações fiscais. Ela orienta sobre o regime tributário ideal, a apuração de impostos e a organização dos documentos fiscais, evitando erros e possíveis multas. Com a assessoria de um especialista, a empresa mantém sua regularidade fiscal e evita problemas com o fisco.

“Contar com um profissional é essencial nesse processo. A consultoria oferece segurança e organização, prevenindo erros e possíveis complicações futuras. Além disso, o consultor é responsável por revisar os investimentos e fontes de renda, garantindo que tudo esteja devidamente declarado de acordo com a legislação vigente”, destaca Chavans.

A consultoria financeira não apenas assegura uma entrega correta e dentro das normas, mas também possibilita a otimização da carga tributária. “Investir em consultoria financeira é garantir tranquilidade e eficiência na gestão dos impostos, proporcionando um retorno positivo a longo prazo”, conclui o consultor.

 

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