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terça-feira, 25 de março de 2025

O aumento de casos de câncer de intestino no Brasil e a importância do rastreamento e prevenção

Com mais de 45 mil novos casos previstos anualmente e aumento de incidência entre jovens, especialista alerta para a importância da colonoscopia e de hábitos saudáveis

 

O câncer de intestino, também chamado de câncer colorretal, tem apresentado um crescimento preocupante no Brasil nas últimas décadas. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse tipo de tumor é o segundo mais comum entre as mulheres, ficando atrás apenas do câncer de mama, e o terceiro entre os homens, após os de próstata e pulmão. 

O INCA tem sinalizado o crescimento de casos de câncer de intestino em indivíduos mais jovens, associando esse fenômeno a fatores como hábitos alimentares ruins, sedentarismo e obesidade. Apesar de a maioria dos diagnósticos ainda ser em pessoas acima de 50 anos, a incidência em jovens tem aumentado de forma significativa. 

Para o triênio 2023-2025, estima-se que o país registre cerca de 45.630 novos casos por ano, com um risco estimado de 21,1 casos a cada 100 mil habitantes. 

O câncer de intestino está diretamente relacionado a diversos fatores de risco, muitos deles ligados ao estilo de vida, como uma má alimentação e uma dieta sem fibras e com muitos ultraprocessados. O sedentarismo, obesidade, tabagismo, consumo de álcool também estão relacionados a esse tipo de câncer. 

Além disso, condições como doenças inflamatórias intestinais (retocolite ulcerativa e doença de Crohn) e síndromes genéticas (síndrome de Lynch) também elevam o risco. 

O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura e reduzir a mortalidade. Este câncer geralmente se desenvolve a partir de pólipos adenomatosos, que são lesões benignas que podem se transformar em tumores malignos ao longo dos anos. A detecção e remoção desses pólipos durante a colonoscopia são essenciais para prevenir a doença. 

A colonoscopia é o exame mais eficaz para o diagnóstico do câncer de intestino. Ela permite a visualização direta do interior do intestino grosso e a identificação de pólipos, tumores e outras alterações. Durante o procedimento, é possível realizar biópsias e até a remoção de lesões suspeitas, o que faz da colonoscopia não apenas uma ferramenta diagnóstica, mas também preventiva. 

"O câncer de intestino é uma doença que pode ser prevenida e tratada com sucesso quando diagnosticada precocemente. A colonoscopia é uma ferramenta indispensável nesse processo” destaca Sérgio Teixeira, diretor médico da Ferring Pharmaceuticals. 

A Sociedade Brasileira de Coloproctologia recomenda que o rastreamento do câncer colorretal na população geral seja iniciado a partir dos 45 anos para todos os indivíduos. Nos casos em que há histórico familiar da doença, sugere-se que o rastreio comece dez anos antes da idade em que o parente foi diagnosticado.


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