Principais sintomas incluem febre, dor
de cabeça, cansaço, inchaço nos gânglios linfáticos e lesões cutâneas que podem
se espalhar pelo corpo
No início do mês de março, o Ministério da Saúde confirmou na região metropolitana de São Paulo o primeiro caso de Mpox no Brasil causado por uma nova cepa do vírus, a 1b, em uma paciente de 29 anos, que teve contato com um familiar do Congo, país africano onde a doença é endêmica. A Mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, continua monitorada pelas autoridades de saúde no Brasil.
A doença, causada pelo vírus Monkeypox, pertence à mesma família do vírus da varíola humana, mas geralmente apresenta sintomas mais leves. A transmissão da Mpox ocorre principalmente pelo contato direto com lesões na pele, fluidos corporais, gotículas respiratórias ou materiais contaminados, como roupas e roupas de cama. O período de incubação varia de 6 a 13 dias, podendo chegar a 21 dias.
“Os principais sintomas incluem febre, dor de cabeça, cansaço,
inchaço nos gânglios linfáticos e lesões cutâneas que podem se espalhar pelo
corpo. A transmissão ocorre principalmente por contato direto com feridas,
fluidos corporais ou objetos contaminados, além da exposição prolongada com
secreções respiratórias”, alerta Julio Onita, Infectologista e Coordenador do
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital IGESP.
Cuidados com a doença
Para evitar a transmissão da Mpox, é essencial adotar medidas
simples do dia a dia. O contato direto com pessoas infectadas deve ser evitado,
especialmente com suas lesões na pele, saliva e fluidos corporais. Como o vírus
também pode estar presente em objetos contaminados, como roupas, toalhas e
lençóis, é importante não compartilhar esses itens. Além disso, manter uma boa
higiene pessoal, lavando as mãos com frequência com água e sabão ou utilizando
álcool em gel, ajuda a reduzir o risco de contágio. Em locais onde há surtos da
doença, o uso de máscaras pode ser uma medida preventiva adicional,
principalmente para aqueles que convivem com casos suspeitos ou confirmados.
“O tratamento da Mpox é focado no alívio dos sintomas, já que, na
maioria dos casos, a doença evolui de forma leve e se resolve espontaneamente
em algumas semanas. Durante esse período, é essencial manter o corpo hidratado,
descansar e, se necessário, usar remédios para controlar a febre e a dor,
sempre sob orientação médica. Outro cuidado importante é com as lesões na pele,
que devem ser mantidas limpas e protegidas para evitar infecções secundárias”,
ressalta o médico.
Nos casos mais graves, que geralmente afetam pessoas com imunidade
comprometida, pode ser necessária uma abordagem mais específica, incluindo o
uso de antivirais, como o Tecovirimat. No entanto, esse tratamento só é
recomendado em situações de maior risco e precisa ser acompanhado por um
profissional de saúde. Por isso, ao notar os primeiros sintomas da Mpox, a
recomendação é buscar atendimento médico para uma avaliação adequada e receber
as orientações necessárias para a recuperação.
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