Pesquisa realizada pela Catho aponta o
cenário de mulheres no mercado de trabalho em 2025
Uma pesquisa desenvolvida pela Catho, plataforma gratuita de
empregos, identificou que o assédio enfrentado por mulheres no ambiente de
trabalho recuou de 76% em 2024 para 73% em 2025, mas mantém número alto e
preocupante de práticas inconvenientes direcionadas ao público feminino. O
assédio moral aparece com maior representatividade, apontado por 38,2% das
respondentes.
O levantamento contou com a participação de quase 7 mil mulheres,
em sua maioria residentes da região Sudeste. O público desempregado corresponde
32% a mais que a edição anterior e, aproximadamente, 30% das pesquisadas não
estão atuando nas áreas em que se formaram, com um aumento de 10% em relação a
2024.
“Embora os números mostrem uma leve queda, o percentual de
mulheres que ainda enfrentam assédio no ambiente de trabalho é alarmante.
Precisamos continuar promovendo um local mais seguro e igualitário, onde todas
possam desenvolver suas carreiras sem medo ou restrições”, reforça Patricia
Suzuki, diretora de recursos humanos da Redarbor Brasil, grupo dono da Catho.
Além disso, outro ponto destacado pelo estudo é a migração de
carreira. Das entrevistadas que querem ou fizeram transição, 64% foi motivado
por melhores oportunidades e salário. Quando se trata de retenção de talentos,
68% afirmam estar sem receber promoções e méritos em sua empresa atual, fator
que também pode contribuir para uma mudança significativa na carreira.
Para Suzuki, ter mulheres presentes nas organizações é um fator
essencial para inovação, diversidade de pensamentos e melhores resultados,
visto que, com time mais diversos, é possível gerar soluções mais criativas e
refletir melhor a sociedade como um todo.
Apoio e qualificação
Ainda segundo a pesquisa da plataforma, para 60% dos pesquisados,
os principais obstáculos para mulheres no mercado de trabalho são: machismo,
descrédito em relação à capacidade técnica, desafios para conciliar a vida
pessoal e menos oportunidades. Junto a isso, quase 100% das pesquisadas
relataram que já vivenciaram preconceito no mercado de trabalho.
Para se adaptar à essa realidade, mais de 60% das mulheres que
participaram do estudo informaram ser necessário se qualificar mais que os
homens para alcançar cargos de liderança.
“Muitas mulheres ainda enfrentam desafios constantes e se sentem
desvalorizadas e sobrecarregadas quando o assunto é carreira e jornada de
trabalho. A falta de reconhecimento e as barreiras para o crescimento profissional
geram frustração impactam, inclusive, sua permanência nas empresas. Não podemos
deixar de alertar para as companhias adotarem políticas inclusivas, investirem
em qualificação e criarem ambientes que garantam oportunidades reais para
ampliarmos a presença feminina”, finaliza Patricia.
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