Médica fisiatra alerta sobre impactos do estresse na saúde vascular e importância da reabilitação, após um derrame
Um estudo publicado nesta quarta-feira
(5), na revista Neurology, da Academia Americana de Neurologia, revelou que
mulheres que vivem sob estresse crônico têm um risco 78% maior de sofrer
acidente vascular cerebral (AVC).
A pesquisa, do Hospital Universitário
de Helsinque, na Finlândia, e do Instituto Karolinska, na Suécia, analisou a
relação entre o estresse prolongado e a ocorrência de AVC isquêmico, o tipo
mais comum, causado pela obstrução de uma artéria no cérebro, representando,
por exemplo, em torno de 85% dos casos no Brasil, segundo o Ministério da
Saúde.
Os pesquisadores avaliaram 426
pacientes, com idades entre 18 e 49 anos, que sofreram um AVC sem causa
aparente, e comparou-as com outras 426 pessoas da mesma faixa etária que não
tiveram derrame. Todas responderam a questionários sobre seus níveis de
estresse no mês anterior ao evento. As pontuações variavam de 0 a 40, sendo
classificadas em três níveis: baixo (0 a 13), moderado (14 a 26) e alto (27 a
40).
Principais descobertas do estudo
- Mulheres com estresse moderado
tiveram um risco 78% maior de sofrer AVC, em comparação com aquelas com níveis
baixos de estresse.
- Curiosamente, o estresse alto foi
associado a um aumento de risco de apenas 6%, levantando questões sobre os
mecanismos envolvidos.
- Entre as mulheres que sofreram AVC,
46% relataram níveis moderados ou altos de estresse, enquanto no grupo sem AVC,
esse número foi de 33%.
- Mesmo após ajustes para fatores, como
pressão alta, tabagismo e consumo de álcool, a correlação entre estresse e AVC
permaneceu significativa.
- Os pesquisadores não encontraram uma
ligação entre estresse e derrame em participantes do sexo masculino.
Para a médica fisiatra Prof. Dra.
Matilde Sposito, especialista em reabilitação neurológica e bloqueios
neuroquímicos para o tratamento de sequelas do AVC, com consultório em Sorocaba
(SP), os dados reforçam a necessidade de estratégias eficazes de controle do
estresse. “Apesar das descobertas, o estudo não prova que o estresse causa
derrame e, sim, apenas mostra uma associação. Mesmo assim, o estresse
prolongado ativa mecanismos inflamatórios no corpo, aumentando a pressão
arterial. Isso pode comprometer a circulação e elevar o risco de AVC”, explica.
O pesquisador do Hospital Universitário
de Helsinque, na Finlândia, Nicolas Martinez-Majander, afirmou, em comunicado,
que mais pesquisas são necessárias para entender por que mulheres que se sentem
estressadas, mas não homens, podem ter um risco maior de derrame. “Além disso,
precisamos explorar mais por que o risco de derrame em mulheres foi maior para
estresse moderado do que para alto estresse”, declarou.
Prevenção e tratamento
A médica fisiatra Prof.ª Dra. Matilde
explica que a incidência de AVC é mais comum em pacientes que não se atentam
para os seguintes pontos: alto nível de estresse, má alimentação e
sedentarismo. “Esse, costumamos dizer, é o tripé-fatal. Por isso, reitero que
manter a saúde em dia, fazer exames regulares, ter uma boa alimentação, aliada
a hábitos saudáveis de vida, com exercícios físicos, é primordial para a
longevidade, principalmente para aqueles que já tem uma predisposição
genética”, enfatiza.
Ela explica que as sequelas de um AVC
podem ser muito graves, levando a uma mudança radical na vida do paciente. “A
Fisiatria é uma especialidade médica voltada para a reabilitação de pessoas com
dificuldades motoras causadas por doenças como o AVC. O processo terapêutico
busca estimular o cérebro a se reorganizar, promovendo a recuperação de funções
prejudicadas”, explica a médica fisiatra.
O principal objetivo do tratamento,
segundo Prof.ª Dra. Matilde Sposito, é restaurar a mobilidade, aliviar dores e
proporcionar mais qualidade de vida ao paciente. Para isso, diferentes
abordagens podem ser adotadas, como acupuntura, fisioterapia, hidroterapia,
RPG, pilates e cinesioterapia.
Além das terapias convencionais, podem ser aplicados bloqueios neuroquímicos com toxina botulínica para tratar sequelas, traumas ou outras condições que afetam os movimentos, como a espasticidade – caracterizada pela rigidez muscular e a dificuldade de movimentação.
Para saber mais sobre o universo da Fisiatria, acesse o site: www.dramatildesposito.com.br; as redes sociais @dramatildesposito ou ligue para: (15) 3229-0202 ou WhatsApp (15) 98812-2958. O consultório da Prof.ª Dra. Matilde Sposito fica localizado na clínica Ápice Medicina Integrada, situada na Rua Eulália Silva, 214, no Jardim Faculdade, em Sorocaba/SP.
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