A exposição ao sol, com moderação, é importante
para pessoas com mais de 60 anos
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População com mais
de 60 anos é ainda mais sensível à desidratação e calor, mas adaptações ajudam
a manter passeios e lazer ao ar livre
O verão de 2025 promete recordes de sensação
térmica elevada. Fenômenos como o aquecimento do Atlântico Norte e os efeitos
mais brandos da La Niña devem levar as temperaturas a patamares extremos, de
acordo com estudos meteorológicos. Por serem mais sensíveis ao calor e à
exposição solar excessiva, os idosos precisam redobrar os cuidados para
preservar a saúde durante a estação mais quente do ano.
Prevenção não significa isolamento em ambientes
fechados. Passear ao ar livre, aproveitar viagens à praia e momentos na piscina
são atividades benéficas para quem está na terceira idade. Essas ações
contribuem para a qualidade de vida, o condicionamento físico e a saúde
emocional, destaca a terapeuta ocupacional Syomara Cristina Szmidziuk.
Segundo a especialista, é importante que as pessoas
idosas se mantenham ativas e cultivem uma rotina de lazer e socialização com
amigos ou familiares, mesmo no verão. “Nada disso deve ser deixado de lado para
um envelhecimento saudável, com autonomia e participação do indivíduo na
comunidade. Mas os dias mais quentes exigem uma série de cuidados preventivos
devido ao risco de desidratação e insolação”.
Exercícios físicos
Estudos demonstram que a atividade física tem
benefícios diretos para a longevidade. Se a pessoa idosa mantiver uma rotina de
30 minutos de exercícios diários de baixa intensidade, ela consegue reduzir o
risco de morte em 17%, de acordo com um estudo de pesquisadores britânicos,
publicado no início de 2018 pelo British Journal of Sports
A prática regular de atividades físicas ainda faz
bem ao cérebro de quem tem entre mais de 60 anos. Um estudo da
Universidade de São Paulo (USP) mostrou que idosos ativos apresentaram maior
volume cerebral em comparação aos sedentários, o que é considerado positivo
para a cognição. Atividades como caminhadas e hidroginástica são altamente
recomendadas, mas devem ser realizadas em horários mais frescos, com roupas
leves e hidratação constante. Além de fortalecerem os músculos, essas práticas
melhoram o equilíbrio, previnem quedas e têm impacto positivo na saúde mental.
Cuidado com
desidratação
Idosos têm menor capacidade de regular a temperatura corporal e sentem menos sede, o que é um perigo para quem deixa de beber água em quantidade adequada. Freepik |
Idosos têm menor capacidade de regular a temperatura corporal e sentem menos sede, o que é um perigo para quem deixa de beber água em quantidade adequada. Ao longo da vida, a quantidade de água no organismo humano diminui de 90%, no nascimento, para cerca de 50%, na terceira idade. Essa redução pode levar rapidamente a quadros de desidratação, com sintomas como tontura, boca seca, confusão mental e cansaço. Se ignorados, esses sinais podem evoluir para condições graves, como exaustão térmica, quedas por desorientação e até acidentes vasculares cerebrais (AVC).
A exposição ao sol, com moderação, é importante
para pessoas com mais de 60 anos, já que a síntese de vitamina D contribui para
a saúde óssea. Mas é indispensável o uso de protetor solar e roupas com
proteção UV para evitar danos à pele sensível dos idosos.
Com atenção aos sinais do corpo e pequenas adaptações na rotina, é possível transformar o verão em uma estação de bem-estar e segurança.
Syomara Cristina Szmidziuk - atua há mais de 30 anos como terapeuta ocupacional e tem experiência no tratamento em reabilitação dos membros superiores em pacientes com lesões neuromotoras. Faz atendimentos com terapia infantil e juvenil, adultos e terceira idade. Desenvolve trabalhos com os métodos Bobath, Baby Course Reabilitação Neurocognitiva Perfetti, Reabilitação de Membro Superior- Terapia da Mão, Terapia Contenção Induzida (TCI) e Imagética Motora entre outros.
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