A busca por
equilíbrio entre vida pessoal e carreira impulsiona mudanças culturais e
fortalece o empreendedorismo entre jovens da Geração Z
A busca por equilíbrio entre vida pessoal e
profissional tem moldado o perfil da Geração Z, composta por jovens nascidos
entre 1995 e 2010, que cresceram em um mundo altamente conectado pela internet
e pela tecnologia. Esse contexto tem levado essa geração a redefinir valores e
práticas no ambiente corporativo.
De acordo com Alexandre Garcia, à frente dos cursos
da área de Gestão e Negócios do Centro Universitário Cesuca, o foco em
bem-estar e propósito é reflexo de transformações culturais e sociais
observadas ao longo das últimas décadas.
Uma pesquisa recente da plataforma Caju, revelou
que 56% dos jovens dessa geração colocam a vida pessoal como prioridade. De acordo
com a pesquisa, eles desafiam os padrões tradicionais, que costumavam valorizar
longas jornadas de trabalho e pouco tempo com a família. "A Geração Z
testemunhou as gerações anteriores sacrificarem o convívio familiar pelo
trabalho. Esse contexto os motivou a buscar um modelo de vida que privilegie o
bem-estar e o equilíbrio", destaca Alexandre.
Essa mudança de paradigma já impacta profundamente
o mercado de trabalho. Para atrair e reter esses talentos, as empresas têm
adaptado suas práticas, oferecendo benefícios flexíveis, jornadas reduzidas e
ambientes mais descontraídos. "Organizações que investem em inovação, flexibilidade
e impacto social têm mais chances de se conectar com os valores dessa geração",
acrescenta o professor.
Ao mesmo tempo, o empreendedorismo surge como uma
alternativa promissora para muitos jovens. Movidos pelo desejo de liberdade,
maior autonomia e ganhos financeiros, a Geração Z enxerga o próprio negócio
como uma forma de alcançar esses objetivos.
Porém, Alexandre Garcia alerta: "Embora seja
um caminho atraente, o empreendedorismo apresenta desafios, como burocracia,
falta de experiência e instabilidade econômica." Para superar
esses obstáculos, o docente sugere a implementação de uma educação
empreendedora, que aborde temas como finanças, colaboração e soluções para
problemas sociais.
"A familiaridade com tecnologia e a busca por
propósito tornam a Geração Z apta a prosperar no empreendedorismo. Um ensino
voltado a essas competências pode potencializar ainda mais o impacto dessa
geração", explica, destacando ainda o perfil que essa geração
desafia. “Eles priorizam o bem-estar, rejeitam a subordinação rígida e estão
dispostos a empreender em busca de maior liberdade e impacto social”,
finaliza.
Centro Universitário Cesuca
www.cesuca.edu.br
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