Hospital Sapiranga
orienta sobre o procedimento, utilizado para o tratamento de sobrepeso e obesidadeCanva
A obesidade se tornou uma das principais
preocupações de saúde pública em todo o mundo. Diante desse grave problema, a
ciência tem desenvolvido diversas abordagens para ajudar na prevenção e
tratamento da condição, que afeta milhões de pessoas e está associada a uma
série de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. As alternativas são
especialmente válidas para aqueles pacientes que não conseguiram atingir seus
objetivos por meio da dieta e da prática de exercícios físicos.
Entre as opções disponíveis, o balão intragástrico
se destaca como uma alternativa eficaz para quem busca emagrecer sem recorrer a
cirurgias invasivas. Este procedimento, que envolve a inserção de um balão de
silicone no estômago, tem como objetivo promover a saciedade e a diminuição do
apetite, facilitando a adoção de hábitos mais saudáveis e contribuindo para a
qualidade de vida dos pacientes. Segundo o gastroenterologista do Hospital
Sapiranga, Rodrigo Veloso, o procedimento é indicado para pessoas que desejam
perder peso, mas preferem não passar por uma cirurgia.
“Pode ser realizado por indivíduos com excesso de
peso, mas que não tenham indicação para cirurgia bariátrica, ou que precisam
reduzir o peso, mas não querem se submeter à cirurgia, além de pessoas que não
podem tomar medicamentos anorexígenos. Em casos de obesidade mórbida, a
colocação pode contribuir para a perda de peso no pré-operatório de cirurgia
eletiva”, destaca.
O especialista também afirma que o dispositivo pode
permanecer no organismo durante o período de 6 a 12 meses.
“O tempo de permanência depende da marca utilizada
e da tolerância do paciente. A fase inicial, de até 7 dias, é o período mais
difícil, pois sinais e sintomas como dor abdominal, náuseas e vômitos são
frequentes, mesmo com o uso de medicações específicas. Esta é a fase de
adaptação, considerada uma das mais importantes de todo o tratamento”, relata
Veloso.
Além disso, o gastroenterologista enfatiza que, em
média, os pacientes perdem cerca de 20% do peso total.
“O tratamento depende muito da conscientização e
colaboração do indivíduo, seguindo as orientações nutricionais e promovendo a
mudança de comportamento. Considera-se como tratamento efetivo quando há perda
de pelo menos 10% do peso total. Manter o acompanhamento nutricional e praticar
atividades físicas são indicados durante todo o período e devem ser mantidos
após a retirada”, pontua.
Por fim, Veloso ressalta que, assim como todas as intervenções médicas invasivas, a colocação e retirada do dispositivo não estão isentas de riscos. Porém, eles são pequenos e minimizados quando o procedimento é realizado em ambiente hospitalar, com uma equipe médica treinada. As principais vantagens incluem a sua reversibilidade, visto que pode ser retirado a qualquer momento em caso de intolerância, além de sua segurança, por apresentar baixo risco de complicações e ser repetível, podendo ser colocado diversas vezes com intervalos de 6 meses, se necessário. Ademais, a inserção pode ser feita sem internação e sem afastamento das atividades diárias.
Gabriela Dalmas
Hospital Sapiranga
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