Doença de Alzheimer afeta cerca de 55 milhões de pessoas no mundo
A doença não é uma
condição proveniente apenas do envelhecimento
Indícios de
Alzheimer podem ser identificados antes dos 65 anos
Comemorado mundialmente no mês de
setembro,
a conscientização sobre o Dia Mundial do
Alzheimer tem
como objetivo aumentar o conhecimento sobre a doença. Com isso, diversas campanhas
são realizadas em todo o mundo para educar o público sobre os sintomas do
Alzheimer, a importância do diagnóstico precoce e as formas de apoio
disponíveis para os pacientes e suas famílias.
Embora a Doença de Alzheimer seja frequentemente
associada ao envelhecimento, ela não é apenas uma consequência natural da idade. O Alzheimer é uma
condição neurológica degenerativa e progressiva que pode afetar pessoas de
qualquer gênero, cultura ou classe social [1]. Há 55 milhões de pessoas
diagnosticadas com a doença no mundo [2] e aparecem cerca de 10 milhões de
novos casos todo ano [2]. Entretanto, o estigma e a falta de compreensão sobre
a doença podem atrasar o diagnóstico e o tratamento, agravando os sintomas dos
pacientes.
Muitas vezes, associamos pequenas falhas de memória
ou esquecimentos no dia a dia como 'parte natural do envelhecimento' - o que
pode ser o caso, já que existem transformações cognitivas do envelhecimento que
são normais. Todavia, quando esses lapsos de memória começam a causar a sensação
de prejuízo ou de desvantagem, atrapalhando a rotina, é possível que eles
representem indícios de Alzheimer [2].
É importante estar atento, pois embora a idade seja
um dos fatores de risco da Doença de Alzheimer, ela não afeta com exclusividade
os idosos [3].
Há estudos que relatam que a ‘demência de início jovem’, em que os primeiros
sintomas aparecem antes dos 65 anos, é responsável por até 9% dos casos [3]. Ou
seja, tratar o Alzheimer como uma condição que atinge apenas idosos é uma forma
de reforçar seu estigma e retardar o diagnóstico.
Os sintomas do Alzheimer podem iniciar com pequenos
esquecimentos, dificuldades na memória de curto prazo e problemas em realizar
tarefas cotidianas. Com o avanço da doença outros sintomas mais graves aparecem,
como a perda de memória remota, irritabilidade, falhas na linguagem e prejuízo
na capacidade de se orientar no espaço e no tempo [4].
O diagnóstico precoce é um desafio crítico. De
acordo com o relatório mundial da doença de Alzheimer, realizado em 2022, estima-se
que 75% das pessoas com demência não são diagnosticadas. Essa estimativa pode
chegar a 90% em alguns países de baixa e média renda, como o Brasil [5].
Um dos motivos para este desafio é a falta de
aceitação e a recusa no reconhecimento dos primeiros sinais da doença pelos
pacientes. Compreender sobre a doença e aceitá-la é o primeiro passo para
introduzir tratamentos que promovam a redução do declínio cognitivo,
contribuindo para manutenção de qualidade de vida, independência e
produtividade do paciente.
Segundo Tatiana Branco, Diretora Médica da Biogen, “o estigma
sobre os sintomas do Alzheimer precisa ser repensado para que as pessoas olhem
com mais atenção para os sinais da doença. O diagnóstico precoce pode permitir
uma melhor gestão da condição, proporcionando ao paciente mais tempo para
planejar o futuro e engajar-se em atividades que possam melhorar sua qualidade
de vida”,
conclui Tatiana.
Biogen
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Referencias
[1] JOHNS HOPKINS UNIVERSITY. “Alzheimer’s Disease.” Alzheimer’s Disease, Johns Hopkins University. 2023. Disponível em <https://www.hopkinsmedicine.org/health/conditions-and-diseases/alzheimers-disease> Acesso em: 16 de ago. 2024.
[2] TENORIO, Goretti. Pesquisa revela os desafios dos brasileiros que convivem com o Alzheimer. Veja Saúde, 20 de jun de 2022. Disponível em: <https://saude.abril.com.br/medicina/pesquisa-revela-os-desafios-dos-brasileiros-que-convivem-com-o-alzheimer/> Acesso em 16 de ago de 2024.
[3] WORLD HEALTH ORGANISATION. “Dementia.” Fact Sheet Dementia, World Health Organisation, 2023. Disponível em: <https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/dementia> Acesso em: 16 de ago de 2024.
[4] ALZHEIMER. Ministério da Saúde. Doença de Alzheimer. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/> Acesso em: 16 de ago. 2024.
[5] ALZHEIMER’S DISEASE INTERNATIONAL. “World Alzheimer’s Report 2022.” World Alzheimer’s Report 2022. Disponível em: <https://www.alzint.org/resource/world-alzheimer-report-2022/> Acesso em: 16 de ago. 2024.
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