Condição afeta mais de 15 mil brasileiros a cada ano
Cerca de 70% da população mundial
desconhece o que são linfomas, um tipo de câncer que acomete o sistema
linfático ou imunológico, conforme revelam dados da Associação Brasileira de
Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH). Esses cânceres são mais
comuns em pacientes entre 15 e 30 anos e naqueles acima dos 60 anos. O
Instituto Nacional de Câncer (INCA) prevê que mais de 15 mil brasileiros serão
diagnosticados com linfoma anualmente entre 2023 e 2025, reforçando a
necessidade de conscientização sobre a doença.
A hematologista Lisa Aquaroni Ricci, do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), explica que atualmente são reconhecidos mais de 50 subtipos diferentes de linfomas, cada um com características, prognósticos e tratamentos específicos.
"É um câncer que se origina das células do sangue chamadas
linfócitos (glóbulos brancos que fazem parte do sistema de defesa do organismo)
e pode afetar diversos locais do corpo, como gânglios, pele, aparelho
digestivo, mamas, testículos e até mesmo o sistema nervoso central",
explica a médica.
Como identificar e tratar
Dra. Lisa ressalta que os sintomas variam conforme o local e órgão acometido, mas a maioria dos linfomas também está associada a emagrecimento, sudorese noturna e febre vespertina. O diagnóstico é confirmado por meio de biópsia do local afetado. Existem diversos fatores de risco para o desenvolvimento de linfomas. "Alguns estão associados a infecções virais (HIV, hepatite C e HTLV), radiação ionizante, doenças autoimunes e estados de imunossupressão", esclarece a hematologista.
A especialista enfatiza que consultas médicas
regulares e exames de rotina são fundamentais para identificar problemas de
saúde, incluindo linfomas em estágios iniciais. O tratamento varia conforme o
tipo de linfoma e pode incluir quimioterapia, radioterapia, imunoterapia,
transplante de medula óssea e terapia celular. "Cada modalidade
terapêutica é individualizada de acordo com o subtipo de linfoma, idade do
paciente e comorbidades", finaliza a médica.
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