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quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Dia do Cardiologista: Diagnóstico precoce da apneia do sono é fundamental para prevenção de doenças do coração

  

Estudos evidenciam a alta prevalência da apneia obstrutiva do sono em pacientes com doenças cardiovasculares, destacando a importância do diagnóstico e tratamento precoces 

 

No Dia do Cardiologista, celebrado em 14 de agosto, é essencial destacar a importância da detecção precoce da apneia obstrutiva do sono (AOS), uma condição que afeta entre 40% a 80% dos indivíduos com doenças cardiovasculares, segundo a American Heart Association. A AOS é caracterizada por repetidas interrupções na respiração durante o sono devido à obstrução das vias aéreas superiores, resultando em sintomas como ronco, pausas respiratórias, sono fragmentado e sonolência diurna. Estudos indicam que cerca de 34% dos homens de meia-idade e 17% das mulheres de meia-idade podem atender aos critérios para AOS.

Mesmo com alta prevalência, a apneia do sono frequentemente passa despercebida, especialmente entre pacientes com condições cardíacas, que são particularmente suscetíveis a complicações cardiovasculares associadas. A relação entre esse distúrbio do sono e doenças como hipertensão, insuficiência cardíaca, doença arterial coronariana e fibrilação atrial é amplamente reconhecida, mas ainda é subestimada na prática clínica.

Diante deste cenário, a American Heart Association recomenda o rastreamento da AOS em pacientes com hipertensão resistente, fibrilação atrial recorrente e outras condições cardiovasculares. Além disso, sugere-se que cardiologistas realizem uma avaliação formal do sono em pacientes com suspeita de distúrbios respiratórios do sono ou sonolência diurna excessiva, a fim de iniciar um tratamento precoce e adequado.

“Iniciar o tratamento da apneia do sono o mais cedo possível é crucial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e reduzir o risco de complicações cardiovasculares graves. Reforçamos a importância do diagnóstico precoce e do tratamento eficaz para um cuidado mais completo e eficaz para os pacientes cardíacos”, afirma Dr. Geraldo Lorenzi-Filho, pneumologista e Diretor Médico da Biologix, healthtech brasileira especializada em medicina do sono.

Para compreender melhor os riscos associados à apneia do sono, é importante estar atento aos sintomas:

  • Ronco crônico: O ronco é frequentemente associado à apneia do sono, especialmente quando é alto. Esse som ocorre devido ao estreitamento das vias aéreas superiores durante o sono, o que resulta em vibrações dos tecidos da garganta.
  • Pausas na respiração durante o sono: Um sintoma importante da apneia do sono é a pausa temporária da respiração durante o sono. Essas interrupções na respiração podem ser percebidas por um parceiro(a) de sono e geralmente são seguidas por um ronco alto ou engasgo quando a respiração é retomada. Podem ocorrer várias vezes durante a noite, interrompendo o ciclo normal do sono.
  • Sonolência diurna: Devido à qualidade prejudicada do sono causada pelas repetidas interrupções respiratórias, as pessoas com apneia do sono muitas vezes têm sonolência durante o dia. Mesmo após uma noite de sono aparentemente longa, eles podem sentir uma necessidade de cochilar durante o dia.
  • Fadiga em excesso: A falta de um sono reparador devido à apneia do sono pode levar a uma sensação persistente de fadiga durante o dia. Essa sensação de cansaço pode prejudicar a concentração, a memória e o humor.

 

  • Despertares noturnos: Os despertares noturnos frequentes são um sintoma comum da apneia do sono, interrompendo o ciclo de sono e levando a uma sensação de sono não reparador. 
“O tratamento da apneia do sono pode reduzir a pressão arterial, pois a apneia contribui para o aumento da pressão. Fatores como a restrição do sono e a má qualidade do sono, especialmente devido à apneia obstrutiva, estão associados ao aumento da hipertensão. A conscientização sobre os riscos da AOS e a busca por diagnóstico precoce e tratamento adequado são fundamentais para proteger a saúde cardiovascular e promover uma melhor qualidade de vida”, conclui Dr. Lorenzi-Filho.


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