Docente do Centro
Universitário UniBH, bióloga Fernanda Raggi também explica o que são, de onde
vêm e como combater a infestação desses insetosGettyImages
Em
2024, uma situação um tanto inédita ocorre em algumas partes do Brasil.
Revoadas dos famosos “bichinhos de luz” enchem as luzes da cidade ainda no
inverno, trazendo junto seus rastros de pequenas asas espalhados pelo chão.
Geralmente encontrados no verão, a chegada repentina desses insetos também
representa um alerta climático, tendo em lista o inverno mais quente desse ano,
com ondas de calor intercaladas ao longo de toda a estação.
Mas
afinal, o que são os “bichos de luz” que infestam todos os espaços sem anúncio
prévio? Também conhecidos como aleluias ou siriris, eles são um tipo de cupim
alado que se deslocam em revoadas durante a fase reprodutiva. Estas revoadas
ocorrem principalmente em dias quentes e úmidos, como na primavera e no verão,
após períodos de chuva, onde os machos e as fêmeas deixam a colônia anterior
para procurar parceiros e formar uma nova. Com o inverno brasileiro em situação
parecida às demais estações, eles surgem nesse período também.
Os
bichos de luz são atraídos pela luz natural e pela luz artificial, mas não
pelas mesmas razões. Para encontrar um parceiro, eles guiam-se pela luz natural
e, pela luz artificial, são atraídos devido ao comprimento de onda e ao calor
que elas emitem. Ao entardecer, com o acendimento das luzes nas casas, os insetos
são atraídos para dentro devido o contraste entre a luz interna e a escuridão
externa, o que os desorienta e os faz entrar pelas janelas abertas, bem como
sobrevoar as lâmpadas.
Apesar
desses insetos não oferecerem riscos à saúde humana ou aos animais domésticos,
podem causar problemas se seguirem vivos após perderem suas asas, como explica
a bióloga e docente do Centro Universitário UniBH, Fernanda Raggi.
“Quando
uma aleluia perde suas asas ela pode criar um ninho em móveis de madeira ou
outras estruturas, normalmente acessadas pelos cupins que já conhecemos. Isso
pode causar alguns transtornos, provocados por uma formação de colônias muito
grande, que possa comprometer a integridade desses objetos de madeira dentro da
casa”, conta.
Sobre
maneiras de combater, a professora alerta. "Como esses cupins se orientam
a partir do momento que se atraem pela iluminação, podemos fechar as janelas e
apagar as luzes para evitar que entrem. Mas, se entrarem, basta colocar uma
bacia com água logo abaixo das lâmpadas, que logo cairão na água atraídos pelo
reflexo da luz", orienta. “Além disso, manter os móveis afastados da
parede e limpá-los periodicamente pode prevenir a proliferação dessas
colônias”, conclui.
UniBH
Ânima Educação
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