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Tratamento da doença autoimune tem a cannabis medicinal como importante aliada na melhora da qualidade de vida do paciente
O dia 30 de agosto é dedicado à conscientização
sobre a Esclerose Múltipla (EM). A data marca a importância do diagnóstico e
chama a atenção sobre alternativas de tratamento para os portadores da
enfermidade.
Lidar com os desconfortos dos sintomas da esclerose
múltipla (EM) é um dos maiores desafios de quem convive com a doença, que hoje
afeta cerca de 40 mil brasileiros, de acordo com o Ministério da Saúde. No
mundo, estima-se 2,8 milhões de casos.
Entre os sintomas estão fadiga, rigidez, fraqueza
muscular, desequilíbrio, dificuldades para falar e engolir e alterações
emocionais. A causa da doença ainda é desconhecida, embora seja foco de muitos
estudos no mundo. O uso da cannabis medicinal tem possibilitado uma constante e
significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes.
“O Agosto Laranja destaca a
importância da conscientização sobre a EM tanto para a sociedade, como para os
pacientes. Conhecer alternativas que tragam um impacto positivo no dia a dia do
tratamento é fundamental para quem convive com os sintomas. A cannabis medicinal
é uma opção eficaz para aliviar alguns deles, uma vez que componentes como o
CBD (canabidiol) e o THC (tetra-hidrocanabinol) presentes na planta atuam de
forma benéfica principalmente na melhora do sono e das dores, sejam as
neuropáticas, as faciais ou as parecidas com fibromialgia”, explica Mariana
Maciel, médica especialista em Medicina Canabinoide e co-fundadora
da Thronus Medical.
A doença afeta o sistema nervoso central (encéfalo
e medula espinhal). Nela, o sistema imunológico, responsável por combater
agentes externos como vírus e bactérias, ataca a bainha de mielina dos
neurônios, por isso se diz que a doença é desmielinizante. Essa bainha de
mielina funciona como a capa de um fio elétrico e, sem ela, as funções dos
neurônios ficam prejudicadas. Essa bainha de mielina funciona como a capa
de um fio elétrico e, sem ela, as funções dos neurônios ficam prejudicadas.
De acordo com a especialista, os fitocanabinoides
também podem auxiliar na desaceleração do processo neurodegenerativo, a neurorregeneração
e a limitação da progressão da doença, já que o canabidiol tem propriedades
anti-inflamatórias.
A Cannabis Medicinal é uma alternativa segura às
medicações tradicionais, como os opiodes e relaxantes musculares, que podem
causar efeitos colaterais significativos. “Os ativos auxiliam no combate a
dores neuropáticas, fadiga, enjoos e náuseas, e podem agir sobre quadros de
depressão, que infelizmente são comuns em pessoas acometidas pela doença”,
completa a médica.
A EM ainda é pouco conhecida no Brasil, tanto que
uma pesquisa da AME (Amigos Múltiplos pela Esclerose), ONG que contribui para a
busca do diagnóstico precoce, para tratamento adequado e para melhora na
qualidade de vida dos pacientes, mostra que 80% dos brasileiros não sabem o que
é a esclerose múltipla.
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