O
Conselho Federal de Medicina (CFM), em conjunto com os Conselhos Regionais de
Medicina (CRMs), enviou manifesto aos senadores da Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE) do Senado Federal, reiterando sua firme posição contrária à
liberação da produção, comercialização e propaganda dos cigarros eletrônicos no
Brasil. A iniciativa faz parte da luta contínua das entidades médicas para
proteger a saúde dos brasileiros, especialmente de crianças e adolescentes.
ACESSE AQUI A ÍNTEGRA DO DOCUMENTO
No documento, de forma clara e didática, o CFM e os CRMs enfatizam os graves riscos associados ao uso dos chamados Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), popularmente conhecidos como vapes ou cigarros eletrônicos. O manifesto destaca a crescente preocupação com o impacto que a liberação desses dispositivos pode ter sobre a saúde pública, baseando-se em evidências científicas que comprovam os danos causados por esses produtos.
No texto, os Conselhos apelam aos membros da CAE para que rejeitem
o Projeto de Lei 5.008/2023, que autoriza a produção, importação,
comercialização e propaganda dos cigarros eletrônicos. Segundo o presidente do
CFM, José Hiran Gallo, “aprovar esse projeto é incompatível com a missão dos
parlamentares, que é proteger a vida e a saúde da população.”
O
manifesto finaliza com um chamado à responsabilidade dos senadores, lembrando
que os cidadãos, as famílias e, sobretudo, as crianças e adolescentes, esperam
que eles atuem em favor do bem-estar coletivo, rejeitando qualquer proposta que
possa colocar a saúde pública em risco.
Razões para Dizer “Não” – O manifesto desmistifica algumas alegações falsas sobre os cigarros eletrônicos, informando que é um equívoco acreditar que esses dispositivos ajudam a abandonar o vício do tabagismo tradicional ou que são inofensivos à saúde. Pelo contrário, o CFM alerta que o uso de cigarros eletrônicos pode provocar doenças graves e onerar ainda mais o sistema público de saúde.
Além
disso, o documento enviado aos senadores expõe verdades contundentes sobre os
DEFs, como o fato de que uma única tragada de um cigarro eletrônico pode
equivaler a fumar vários cigarros convencionais, aumentando assim a exposição à
nicotina e a outras substâncias nocivas.
O CFM
também salienta que em países onde a comercialização de cigarros eletrônicos
foi liberada, houve um aumento significativo no número de consumidores de
nicotina, o que reforça a necessidade de manter a proibição desses produtos no
Brasil.
“Essa
ação do CFM reflete o compromisso da entidade em defender a saúde dos
brasileiros e combater a desinformação em torno dos cigarros eletrônicos,
reafirmando a necessidade de medidas rigorosas para impedir a liberação desses
dispositivos no país”, destaca Gallo.
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