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quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Dia Nacional da Gestante: amamentar traz benefícios para a mãe e o bebê. Saiba como tornar o processo mais simples

 De acordo com especialistas, amamentar protege contra infecções respiratórias e alergias, reduz os riscos de hemorragia no pós-parto e diminui as chances de desenvolver câncer

 

No Dia Nacional da Gestante, celebrado em 15 de agosto, é importante destacar os benefícios do aleitamento materno para mães e bebês, que vão desde a proteção contra doenças até a diminuição do risco de hemorragia no pós-parto e do desenvolvimento de câncer de mama, ovários e de colo do útero. Amamentar não é sinônimo apenas de nutrição, mas também de interação emocional entre mãe e filho, com consequências importantes no desenvolvimento do bebê, inclusive cognitivo. O leite materno reduz as chances de infecção respiratória, alergias e diarreia, diminui o risco de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. 

“Além da proteção contra doenças crônicas como as cardiovasculares e de agir como um anticoncepcional diminuindo as chances de uma gravidez indesejada para a mãe sem escapes menstruais, a amamentação acelera o metabolismo e auxilia na perda de peso. Para o bebê, o leite materno é o melhor alimento para o desenvolvimento gastrointestinal, o que previne internações. O bebê que mama no peito tem melhor desenvolvimento bucal e de QI”, afirma Thays Lima da Silva, enfermeira obstetra da Hapvida NotreDame Intermédica.
 

Não é normal que a mãe sinta dor, mas há desafios no processo de adaptação, em especial no puerpério. “Os primeiros 42 dias são os mais complicados pela privação do sono, pela questão hormonal e emocional, mas também pela dificuldade de acertar a pega da mama para que a mãe tenha conforto na amamentação. A rede de apoio é essencial na realização de outras atividades necessárias para que a mulher não se sinta exausta e incapaz de cuidar do bebê”, explica a enfermeira. Ela acrescenta que escolher um local tranquilo e confortável pode auxiliar no momento de amamentar. 

A recomendação é que o bebê seja alimentado exclusivamente com o leite materno até os seis meses de vida. Mesmo após a introdução alimentar, a amamentação ainda é indicada, se possível, até os dois anos de idade.
 

Retorno ao trabalho

Muitas mães desistem da amamentação com o retorno ao trabalho, porque nem todas conseguem fazer a extração do leite manualmente ou com bomba várias vezes durante o expediente e o estímulo é importante para manter a produção do leite e evitar a mastite (inflamação da mama). “Se a mama estiver cheia, o ideal é retirar o leite para evitar a criação de nódulos. Caso ocorra vermelhidão, febre, inchaço e desconforto é indicado procurar um médico. A pega incorreta costuma provocar fissuras, que dificultam a amamentação. Apesar da lesão, é importante extrair o leite e usá-lo para hidratar o peito, fazer banho de luz ou passar pomada”, orienta Thays da Silva. O leite materno pode ser armazenado em um pote limpo, com tampa e datado, na geladeira por 12 horas ou no freezer por até 15 dias para ser ofertado ao bebê na ausência da mãe.
 

Acolhimento e conhecimento

Na Hapvida NDI, as gestantes que participam do programa Gestação Segura podem se inscrever em palestras online para receber orientações sobre amamentação, cuidados com o recém-nascido, nutrição, psicologia e plano de parto. O curso é gratuito e tem duração de até duas horas por aula.

Caso a gestante ou mãe esteja se sentindo triste e sozinha, com sinais de depressão pós-parto, por exemplo, ela é encaminhada para uma consulta com um psicólogo e acolhimento. “Todas as mulheres são capazes de amamentar com eficiência o bebê, basta ter incentivo e informação”, assegura a enfermeira.

A amamentação só não é recomendada para mães portadoras de HIV. Já a suspensão do aleitamento é indicada para mulheres em uso de medicação controlada.

 

Hapvida NotreDame Intermédica


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