De acordo com especialistas, amamentar protege contra infecções respiratórias e alergias, reduz os riscos de hemorragia no pós-parto e diminui as chances de desenvolver câncer
No
Dia Nacional da Gestante, celebrado em 15 de agosto, é importante destacar os
benefícios do aleitamento materno para mães e bebês, que vão desde a proteção
contra doenças até a diminuição do risco de hemorragia no pós-parto e do
desenvolvimento de câncer de mama,
ovários e de colo do útero. Amamentar não é sinônimo apenas de nutrição, mas
também de interação emocional entre mãe e filho, com consequências importantes
no desenvolvimento do bebê, inclusive cognitivo. O leite materno reduz as
chances de infecção respiratória, alergias e diarreia, diminui o risco de
hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade.
“Além
da proteção contra doenças crônicas como as cardiovasculares e de agir como um anticoncepcional
diminuindo as chances de uma gravidez indesejada para a mãe sem escapes
menstruais, a amamentação acelera o metabolismo e auxilia na perda de peso.
Para o bebê, o leite materno é o melhor alimento para o desenvolvimento
gastrointestinal, o que previne internações. O bebê que mama no peito tem
melhor desenvolvimento bucal e de QI”, afirma Thays Lima da Silva, enfermeira
obstetra da Hapvida NotreDame Intermédica.
Não
é normal que a mãe sinta dor, mas há desafios no processo de adaptação, em
especial no puerpério. “Os primeiros 42 dias são os mais complicados pela
privação do sono, pela questão hormonal e emocional, mas também pela
dificuldade de acertar a pega da mama para que a mãe tenha conforto na
amamentação. A rede de apoio é essencial na realização de outras atividades
necessárias para que a mulher não se sinta exausta e incapaz de cuidar do
bebê”, explica a enfermeira. Ela acrescenta que escolher um local tranquilo e
confortável pode auxiliar no momento de amamentar.
A
recomendação é que o bebê seja alimentado exclusivamente com o leite materno
até os seis meses de vida. Mesmo após a introdução alimentar, a amamentação
ainda é indicada, se possível, até os dois anos de idade.
Retorno ao trabalho
Muitas
mães desistem da amamentação com o retorno ao trabalho, porque nem todas
conseguem fazer a extração do leite manualmente ou com bomba várias vezes
durante o expediente e o estímulo é importante para manter a produção do leite
e evitar a mastite (inflamação da mama). “Se a mama estiver cheia, o ideal é
retirar o leite para evitar a criação de nódulos. Caso ocorra vermelhidão,
febre, inchaço e desconforto é indicado procurar um médico. A pega incorreta
costuma provocar fissuras, que dificultam a amamentação. Apesar da lesão, é
importante extrair o leite e usá-lo para hidratar o peito, fazer banho de luz
ou passar pomada”, orienta Thays da Silva. O leite materno pode ser armazenado
em um pote limpo, com tampa e datado, na geladeira por 12 horas ou no freezer
por até 15 dias para ser ofertado ao bebê na ausência da mãe.
Acolhimento e conhecimento
Na
Hapvida NDI, as gestantes que participam do programa Gestação Segura podem se
inscrever em palestras online para receber orientações sobre amamentação, cuidados
com o recém-nascido, nutrição, psicologia e plano de parto. O curso é gratuito
e tem duração de até duas horas por aula.
Caso
a gestante ou mãe esteja se sentindo triste e sozinha, com sinais de depressão
pós-parto, por exemplo, ela é encaminhada para uma consulta com um psicólogo e
acolhimento. “Todas as mulheres são capazes de amamentar com eficiência o bebê,
basta ter incentivo e informação”, assegura a enfermeira.
A
amamentação só não é recomendada para mães portadoras de HIV. Já a suspensão do
aleitamento é indicada para mulheres em uso de medicação controlada.
Hapvida NotreDame Intermédica
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