Otorrinolaringologista do Hospital CEMA alerta para os riscos de uma sinusite mal curada
Mudanças
climáticas, tempo seco, poluição e poeira: todos esses fatores são
determinantes para as crises de sinusite. Sem falar nas dores frequentes de
cabeça, caracterizadas por uma pressão na nuca e face com obstrução ou
corrimento nasal. Todos esses sintomas, aparentemente, parecem inofensivos e
por vezes as pessoas até se acostumam, mas não imaginam que uma sinusite
tratada incorretamente poderá levar à cegueira.
“Uma
das complicações das sinusites agudas ou crônicas que se agravam e comprometem
toda órbita é o risco da perda da visão”, explica o otorrinolaringologista do
Hospital CEMA, Cícero Matsuyama܂Os sinais da sinusite começam com um pequeno edema
na pálpebra. Quando não tratado adequadamente, o processo inflamatório se
agrava e provoca acúmulo de secreção purulenta originária dos seios paranasais,
que acaba invadindo o espaço orbitário.
Essa
doença não tem um grupo de risco (gênero e raça), o fator determinante é a
idade. Pacientes idosos e pediátricos acima de 2 anos têm maior propensão em
adquirir a enfermidade. Pessoas com imunidade baixa, diabetes não controladas,
portadoras de doenças autoimunes e transplantados que usam medicamentos
imunossupressores também são mais suscetíveis.
Por isso, é necessário ficar atento a todos os sinais do sistema respiratório. Na fase inicial, o tratamento é feito com antibióticos e anti-inflamatórios em ambiente domiciliar e acompanhamento diário em consultas ou hospitalar com medicações endovenosas. Já em estágios mais graves, com comprometimento ocular, como visão turva ou dupla, a intervenção cirúrgica é imprescindível com drenagem e limpeza exaustiva do foco infeccioso.
“Quando a sinusite chega no estágio avançado, que é quando há um embaçamento na visão, ela é classificada como rinossinusite aguda com complicação orbitária. Nessa fase já não há mais tratamento e a cegueira é irreversível”, alerta o otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Cícero Matsuyama.
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