Momento da vida da criança exige um diálogo entre família e comunidade escolar
Um assunto
recorrente entre pais e responsáveis de crianças entre 2 e 5 anos é o
momento do desfralde. Segundo a Sociedade
Brasileira de Pediatria, é nessa faixa etária que os
pequenos passam a ter maturidade psicossocial e fisiológica para iniciar
o desfralde. O diálogo entre escola e família pode contribuir em todo o
processo.
Para Milena Garcia
Siqueira, coordenadora pedagógica do Marista Escola Social Robru, na Zona
Leste de São Paulo, é preciso observar que cada criança possui seu
próprio tempo. “É normal que os pequenos verbalizem as suas necessidades. Esse
processo está ligado ao conhecimento da consciência temporal de cada
criança, para que ela se sinta em segurança ao abandonar as fraldas”,
afirma.
Incentivo
dos pais e responsáveis
Já com os
familiares, o ideal é apresentar para as crianças utensílios como penico e
papel higiênico, explicando as suas funções. “É importante deixar sempre em
locais acessíveis, mostrando a naturalidade de utilizar o banheiro,
ensinando sobre higiene pessoal, como dar a descarga e explicando como isso é
um hábito natural”, reforça Milena.
A família pode
contar com o apoio e o incentivo da escola durante este período. Para a
coordenadora, o diálogo é fundamental. “A escola deve dar continuidade ao
processo muitas vezes iniciado em casa, mostrando-se atenta às vontades da
criança, observando o que necessita, sendo paciente, respeitando seu tempo,
fazendo com que se sinta querida e aceita, oferecendo um ambiente seguro,
compreendendo o que está acontecendo com seu corpo e orientando sobre higiene”,
revela.
Para os pais e
responsáveis que estão vivendo este momento as especialistas dão dicas para
contribuir com o período de desfralde:
Manter
o diálogo
Deve-se estimular
o diálogo constante, para que a criança se sinta segura e desenvolva a
autonomia. Também é necessário que ela seja acompanhada por um cuidador com
quem tenha vínculos, seja em casa ou na escola.
Fique
atento à rotina e às necessidades
Evite perguntar
para a criança a todo tempo se ela quer ir ao banheiro para que ela não se
sinta pressionada. Se a criança não tiver vontade de usar o
sanitário, não a mantenha sentada por muito tempo, esperando. E, caso ocorram
escapes, o cuidador deve ser compreensivo.
Compreender
os sinais
Caso haja
insegurança e o choro, entender que este é um indicador de que algo
não está bem. Atentar a essa forma de comunicação da criança que está
transmitindo um recado ao cuidador. Outra possibilidade é observar quando a
própria criança começa retirar a fralda, puxando-a, sinalizando que há um
incômodo.
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