Diante do crescimento alarmante dos casos e mortes em 2024, a especialista do Hospital Digital Vitta, do Grupo Stone, reforça a importância da prevenção e vigilância especial para grávidas
O Brasil está enfrentando um aumento preocupante nos casos de
dengue em 2024. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o país
chegou à marca de 532.921 casos prováveis de dengue e 90 mortes pela doença desde
janeiro.
Consideradas grupo de risco pelo Ministério da Saúde, as mulheres
grávidas estão mais suscetíveis ao desenvolvimento de formas graves de dengue,
o que pode acarretar sérias consequências para a saúde da mãe e do bebê,
incluindo riscos de sangramento obstétrico, aborto e parto prematuro.
Para a Dra. Fernanda Salvador, Médica de Família e Comunidade e
Coordenadora Regional do Hospital
Digital Vitta, do Grupo Stone, enfatizar a prevenção é essencial.
Segundo ela, as gestantes devem redobrar a atenção no uso de repelentes como
medida preventiva contra a picada do mosquito Aedes aegypti, transmissor da
dengue. Além disso, destaca a importância de buscar assistência médica de
imediato ao notar quaisquer sintomas relacionados à doença.
O diagnóstico de dengue pode ser desafiador durante a gravidez
devido às mudanças naturais no corpo da mulher. "A febre é um sintoma
chave, mas dores de cabeça, náuseas e moleza também são comuns. É vital que, ao
primeiro sinal de febre, especialmente em áreas com surtos da doença, a
gestante busque avaliação médica", alerta a especialista. Quanto ao
tratamento, ela reitera que não existem medicamentos específicos para a dengue,
sendo crucial manter-se hidratada e repousar. O paracetamol pode ser utilizado
para aliviar os sintomas, sob orientação médica.
Riscos para o bebê
A infecção por dengue durante a gravidez pode trazer complicações
graves. "Existe um risco aumentado de aborto no primeiro trimestre e de
parto prematuro no último," explica Dra. Salvador. Pesquisas do Ministério
da Saúde sugerem que a dengue pode estar associada a maior risco de baixo peso
ao nascer e até mesmo a morte materna, embora os mecanismos específicos ainda
necessitam de mais esclarecimentos.
Para prevenir a dengue, é essencial o controle do vetor e a eliminação de possíveis criadouros do mosquito. "Usar repelentes aprovados pela ANVISA e vestir roupas que cubram a maior parte do corpo são medidas eficazes," destaca a Dra. Salvador. No entanto, ela lembra que, atualmente, as vacinas disponíveis contra a dengue são contraindicadas para gestantes e lactantes, devido à falta de estudos que garantam sua segurança e eficácia neste grupo.
Vitta
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