De que forma seu negócio enxerga a Inteligência Artificial: como a capitã dos processos e operações, ou como aliada perante a adoção de ações mais assertivas? O fato é que estamos presenciando um verdadeiro hype desta tecnologia no mercado, com muitas empresas que já estão vislumbrando resultados excepcionais através desta ferramenta.
Uma coisa é certa, a IA pode se tornar uma arma
poderosa nas mãos das empresas, contribuindo significativamente para uma
governança corporativa cada vez melhor e a conquista de muitos outros
benefícios – resultados que, contudo, só serão atingidos perante a adoção de
muitos cuidados e, sobretudo, de uma visão mais crítica e analítica sobre sua
implementação.
Em uma análise histórica, é usual que grandes
inovações sejam massivamente adotadas pelo mercado após cenários de crise
marcantes para a sociedade. No caso da IA, muito já era explorado desta
tecnologia há alguns anos, porém, pudemos notar um boom nítido nas
empresas ao redor do mundo em resposta aos impactos gerados pela pandemia, como
forma de encontrarem estratégias de sobrevivência e destaque em seus segmentos.
Segundo um estudo da Gartner, 66% das empresas
aumentaram ou mantiveram investimentos em Inteligência Artificial no isolamento
social, incentivadas não apenas por uma tendência de mercado, mas
principalmente pelos benefícios comprovados que essa ferramenta traz para as
operações corporativas.
Quando implementada, a IA é capaz de reunir dados
diversos sobre os departamentos e atividades empresariais – sejam eles
financeiros, de marketing, satisfação dos clientes ou pagamentos – de forma
que, mesmo não estando correlacionados em um primeiro momento, acaba
encontrando um padrão entre eles, permitindo que os gestores possam utilizá-los
favoravelmente em prol de uma tomada de decisões mais eficaz.
Quando as informações internas referentes a áreas
diversas conseguem ser analisadas conjuntamente e interpretadas a favor da
implementação de melhorias e eliminação de gaps, o bom uso da IA é capaz de
promover uma verdadeira revolução na gestão corporativa, identificando
possibilidades constantes de aprimorar a forma de se fazer o gerenciamento
empresarial. Isso, desde que as pessoas acompanhem esse movimento, e saibam
como utilizá-la corretamente em suas operações
Por mais que a IA traga inúmeras vantagens para as
operações internas, ela não deve ser o piloto dos processos empresariais. Sua
função deve ser de auxiliadora, compreendendo a fundo suas funcionalidades e,
acima de tudo, capacitando os profissionais para que despendam um pensamento
crítico sobre a IA e saibam como analisar os dados capturados por ela favoravelmente
aos serviços prestados.
Este pensamento crítico é uma das soft skills
mais importantes para que essa tecnologia consiga revolucionar a gestão
corporativa – não aceitando tudo que ela informa como verdade absoluta, mas
raciocinando sobre os insights obtidos, tendo inteligência
ao tomar as decisões operacionais com base no que for analisado. Caso
contrário, o volume de desinformação acerca da IA tenderá a crescer
gradativamente, impedindo que atinja seu propósito e consiga ser usada
corretamente pelas empresas.
Não podemos negar a importância que a Inteligência
Artificial possui, com grandes players globais ditando o rumo desta
tecnologia e destacando tendências de aplicação a serem seguidas por todas.
Enormes janelas de oportunidades em termos de otimização de processos, alcance
de novos mercados e melhoria dos processes podem ser adquiridos, desde que os
membros do negócio estejam preparados para lidar com ela.
Os times precisam ser capacitados para manusear essa tecnologia corretamente, sendo treinados sobre suas funcionalidades para que consigam ter esse pensamento crítico sobre sua aplicação. Este preparo fará toda a diferença para que a IA consiga transformar a gestão corporativa, potencializando os resultados e dando o impulso necessário para que as marcas se tornem referências em seus segmentos.
Alexandre Pierro - mestrando em gestão e engenharia da inovação, bacharel em engenharia mecânica, física nuclear e sócio fundador da PALAS, consultoria pioneira na ISO de inovação na América Latina.
ISO de inovação
www.isodeinovacao.com.br
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