Toda empresa, independente do seu segmento é uma
empresa de tecnologia. À medida que os avanços tecnológicos ganham mais
protagonismo, investir em tecnologia passou a ser crucial para a continuidade
dos negócios, exigindo das organizações soluções inovadoras, com maiores
índices de produtividade e eficiência, bem como desempenhar tais funções com um
custo reduzido. No entanto, adotar esses conceitos na prática é o verdadeiro
desafio, considerando a atual crise de mão de obra em TI.
Não é incomum ouvirmos relatos sobre a dificuldade de
contratar mão de obra qualificada, e no que diz respeito à área de TI, essa
realidade é ainda mais dura. De acordo com dados da Brasscom, o mercado de TI
enfrenta um déficit anual de 130 mil profissionais, enquanto as instituições de
ensino superior têm capacidade para formar cerca de 53 mil profissionais na
área por ano. Isso resulta em uma carência de 77 mil postos de trabalho não
ocupados. Além disso, a falta de experiência dos profissionais recém-formados é
um agravante e contribui para não suprir completamente a demanda do mercado.
Considerando que esse cenário está longe de ter um
fim, cabe às empresas a missão de buscar medidas que as ajudem a driblar essa
situação. Abaixo, destaco algumas ações que podem ser aplicadas para
auxiliá-los nessa tarefa:
#1 Crie centros de
treinamentos internos: é importante que as empresas
invistam em seus colaboradores, a fim de acelerar o tempo da curva do
aprendizado e, tão logo, conseguirem aumentar o nível de senioridade destes
profissionais. A implementação de trilhas de capacitação e iniciativas como hackathon
poderão ajudá-los nesse processo.
#2 Capacite profissionais que
desejam realizar uma transição de carreira: contratar profissionais de áreas correlatas que desejam migrar para o TI
é uma excelente iniciativa para mitigar a escassez, uma vez que se torna uma
alternativa interessante, visto que o teto salarial pode ser duas vezes maior
que em outras áreas. Esses profissionais, que possuem conhecimentos
correlacionados, terão uma trilha de aprendizado complementar, qualificando-os
nas competências essenciais para atuação na área por meio de treinamentos,
acompanhamento e assistência durante a sua evolução, resultando em um
profissional que utiliza suas especialidades acrescidas dos conhecimentos
adquiridos para suprir a demanda em sua totalidade.
#3 Invista na captação de
talentos: é importante listar quais são as características
técnicas e comportamentais desejadas, tais como: capacidade de aprendizado
acelerado, proatividade, engajamento, gana e fit cultural com os valores da empresa.
#4 Retenção de talentos: por inúmeras razões, reter talentos também está entre os desafios
enfrentados atualmente pelas organizações. Deste modo, realizar constantemente
ações de endomarketing, apresentação frequente de feedbacks e alinhamento
de expectativas, também são medidas necessárias para fortalecer os vínculos
para além do nível empregatício.
É importante destacar que, à medida que a demanda
por profissionais aumenta, a disputa por novos talentos se torna mais acirrada.
Sendo assim, além da adoção de tais medidas, as organizações devem encontrar
maneiras de inovar na busca por profissionais, mantendo o engajamento de time e
ênfase na divulgação de ações em prol da captação, formação e retenção destes
talentos.
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