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segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

A polêmica dos implantes hormonais. Usar ou não?

Os implantes hormonais são dispositivos médicos que liberam hormônios no corpo ao longo do tempo. Inserido na pele através de um tubinho de 4 a 5 cm, contém substâncias que caem na corrente sanguínea e, de maneira controlada, passam a regular a quantidade de hormônios no organismo feminino.

O tratamento é indicado em situações de anticoncepção e doenças que são hormônio dependentes como endometriose, miomatose, hiperplasia, displasia mamária, osteoporose e, também, para reposição hormonal – a exemplo de mulheres no climatério e na pós-menopausa.

Apesar das inúmeras vantagens oferecidas à saúde da mulher, os implantes devem ser prescritos sob orientação médica, e não podem ser associados à benefícios estéticos. “Ademais, os tratamentos devem ser individualizados, com substâncias e doses específicas para cada paciente, afirma o Dr. Walter Pace, ginecologista, médico do Centro de Endometriose no Hospital Santa Joana - SP.

Em alguns casos, principalmente no início do tratamento, a terapia com os implantes hormonais pode causar alguns incômodos para as mulheres. Isso porque o organismo está em fase de adaptação aos hormônios e que, posteriormente, estas substâncias podem ser ajustadas, revela o Dr. Luiz Calmon, ginecologista da Clínica Elsimar Coutinho. “Não existe nenhum tratamento que não tenha algum efeito inesperado e não seria diferente com os tratamentos hormonais”, revela o médico.

Dentre os possíveis efeitos colaterais causados pelo uso dos implantes hormonais estão o aumento da oleosidade da pele, surgimento de acne, queda dos cabelos, retenção de líquido e alguns sangramentos. Os sintomas podem variar em decorrência da intensidade dos hormônios, mas podem ser ajustados pelo médico.

“Se o tratamento for bem indicado com determinado hormônio, para uma determinada situação e, principalmente, se o tratamento está dando certo, os possíveis efeitos negativos se tornam algo pequeno e são contornáveis”, explica do o Dr. Calmon.

É importante destacar que os prós e contras podem variar dependendo de cada caso, pois o tratamento dever ser individualizado. Antes de optar por qualquer forma de terapia hormonal, é fundamental discutir as opções com o seu médico de confiança para avaliar os benefícios e possíveis riscos à saúde.

 

Dr. Walter A. P. Pace - Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais, Mestrado em Reprodução Humana – Assistant Ètranger pela Universidade Paris V René Descarte e Doutorado em Ginecologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor-doutor e Coordenador Geral da Pós Graduação de Ginecologia Minimamente Invasiva da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Titular da Academia Mineira de Medicina – Vice Presidente do PHD Pace Hospital e ginecologista do Centro de Endometriose no Hospital Santa Joana – SP.


Dr. Luiz Carlos Calmon - Ginecologista e Obstetra. Dr. Especialista em Histeroscopia pela Sociedade Brasileira de Endoscopia, realizou diversos cursos de extensão nos Estados Unidos, em Oncologia, no Roswell Park Memorial Institute – Buffalo e, também, Fellowship no Departamento de Prevenção de Câncer Ginecológico do Detroit Medical Center – Michigan. Além de exercer a medicina, atua como Membro do Conselho Deliberativo do Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana.


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