Os implantes hormonais são dispositivos médicos que liberam hormônios no corpo ao longo do tempo. Inserido na pele através de um tubinho de 4 a 5 cm, contém substâncias que caem na corrente sanguínea e, de maneira controlada, passam a regular a quantidade de hormônios no organismo feminino.
O tratamento é indicado em situações de
anticoncepção e doenças que são hormônio dependentes como endometriose,
miomatose, hiperplasia, displasia mamária, osteoporose e, também, para
reposição hormonal – a exemplo de mulheres no climatério e na pós-menopausa.
Apesar das inúmeras vantagens oferecidas à saúde da
mulher, os implantes devem ser prescritos sob orientação médica, e não podem
ser associados à benefícios estéticos. “Ademais, os tratamentos devem ser
individualizados, com substâncias e doses específicas para cada paciente”,
afirma o Dr. Walter Pace, ginecologista, médico do
Centro de Endometriose no Hospital Santa Joana - SP.
Em alguns casos, principalmente no início do
tratamento, a terapia com os implantes hormonais pode causar alguns incômodos
para as mulheres. Isso porque o organismo está em fase de adaptação aos
hormônios e que, posteriormente, estas substâncias podem ser ajustadas, revela
o Dr. Luiz Calmon, ginecologista da Clínica Elsimar Coutinho. “Não
existe nenhum tratamento que não tenha algum efeito inesperado e não seria
diferente com os tratamentos hormonais”, revela o médico.
Dentre os possíveis efeitos colaterais causados pelo
uso dos implantes hormonais estão o aumento da oleosidade da pele, surgimento
de acne, queda dos cabelos, retenção de líquido e alguns sangramentos. Os
sintomas podem variar em decorrência da intensidade dos hormônios, mas podem
ser ajustados pelo médico.
“Se o tratamento for bem indicado com determinado
hormônio, para uma determinada situação e, principalmente, se o tratamento está
dando certo, os possíveis efeitos negativos se tornam algo pequeno e são
contornáveis”, explica do o Dr. Calmon.
É importante destacar que os prós e contras podem
variar dependendo de cada caso, pois o tratamento dever ser individualizado.
Antes de optar por qualquer forma de terapia hormonal, é fundamental discutir
as opções com o seu médico de confiança para avaliar os benefícios e possíveis
riscos à saúde.
Dr. Luiz Carlos Calmon - Ginecologista e Obstetra. Dr. Especialista em Histeroscopia pela Sociedade Brasileira de Endoscopia, realizou diversos cursos de extensão nos Estados Unidos, em Oncologia, no Roswell Park Memorial Institute – Buffalo e, também, Fellowship no Departamento de Prevenção de Câncer Ginecológico do Detroit Medical Center – Michigan. Além de exercer a medicina, atua como Membro do Conselho Deliberativo do Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana.
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