O indicador IBEVAR – FIA de vendas do varejo projeta o nível de atividade considerando dois segmentos: o ampliado e o restrito. No caso do restrito exclui-se dois segmentos: “Veículos, motos, partes e peças” e “Material de Construção”.
Nesse último relatório apresentam-se as vendas projetadas para os dois conceitos no período novembro de 2023 a janeiro de 2024. Os resultados mostram retração das vendas para o varejo restrito de 0,7% e estabilidade, com pequeno viés de baixa, para o ampliado.
É importante destacar que no relatório anterior o indicador IBEVAR – FIA, para o período outubro – dezembro de 2023 apontou encolhimento do restrito de 0,7% e pequeno crescimento do ampliado de 0,8%.
Ou seja, comparando as previsões dos dois períodos (outubro-dezembro de 2023 e novembro 2023 – janeiro de 2024) registra-se uma piora, pois mantem-se a retração no conceito restrito e estabilidade ou mesmo recuo na versão varejo ampliado.
O último relatório, novembro 2023 – janeiro de 2024, aponta também que para esse período os segmentos do varejo com piores resultados são: Livros, jornais e revistas (- 8,2%), Móveis e eletrodomésticos (-3%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,7%) e Veículos, motos partes e peças (-0,3%).
Para Claudio Felisoni de Angelo, presidente do IBEVAR
e professor da FIA Business School: “Devemos terminar 2023 com um crescimento
sobre 2022 (4,96% no conceito ampliado e 1,74% no restrito), entretanto, os
resultados das últimas projeções mostram uma clara tendência de desaceleração.
Essa situação pode ser atribuída ao cenário macroeconômico incerto: pressão
inflacionária proveniente principalmente do núcleo serviços, embora menor mais
recentemente, aumento das taxas de juros internacionais e desconfiança em
relação a capacidade do governo equilibrar suas contas. Apesar de o consumidor
no geral não atentar para esses aspectos isoladamente, a conjunção desses
elementos cria um ambiente desfavorável obviamente percebido pela população”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário