Processo de luto pode afetar funções
cognitivas do cérebro
A neuropsicóloga Tammy Marchiori, com formação em neurociência por
Harvard e especialização em Terapia Cognitiva pelo Beck Institute, explica como
a neuropsicologia do luto compreende o processo de luto e como isso pode afetar
o funcionamento cognitivo, emocional e neuropsicológico de quem passa por isso.
“O luto é uma resposta natural à perda de alguém, mas pode afetar o cérebro e
as funções cognitivas”, explica.
Entre os aspectos mais envolvidos neste processo, a especialista
enumera e chama atenção para os sinais que precisam ser avaliados. “A pessoa em
luto pode sofrer lapsos de memória, dificuldade em se lembrar de detalhes ou
eventos, não conseguir se concentrar, ter dificuldade para tomar decisões,
planejar e organizar as tarefas da rotina”, avisa.
Para Tammy, ainda é natural do processo que algumas emoções se
misturem entre tristeza, raiva e até crises de ansiedade que podem durar
semanas, mas vale ter atenção se alguns meses de passarem e a pessoa não
reagir. “É importante levar em conta se os sinais de depressão começarem a
aparecer depois de algumas semanas, para isso um teste neuropsicológico pode
ajudar a identificar as áreas específicas em que o luto está afetando o
indivíduo e, em seguida, desenvolver estratégias de intervenção e apoio para
ajudar a pessoa a lidar com o processo de luto de maneira mais eficaz”,
finaliza.
Tammy Marchiori - Neuropsicóloga com aperfeiçoamento em neurociência em Harvard, especializada em Terapia Cognitiva pelo Beck Institute. Membro da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia e da American Psychological Association (APA).
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