No próximo dia 2 de novembro é lembrado o Dia de Finados. A médica
psiquiatra Dra. Jéssica Martani, especialista em comportamento humano e saúde
mental, explica como a morte desencadeia o processo de luto. Ela fala que o
luto é uma resposta natural e emocional à perda de alguém ou algo significativo
em nossas vidas. “Quando uma pessoa querida morre, é comum experimentar uma
série de emoções intensas, como tristeza, choque, negação, raiva e até mesmo
depressão”, afirma.
Para a médica, a neurociência e a psicologia podem ajudar a
entender as reações emocionais e cognitivas que ocorrem durante o luto. “A
região do cérebro associada ao processamento emocional, como o córtex
pré-frontal ventromedial e a amígdala, pode estar envolvida na experiência do
luto. Essas áreas podem desencadear respostas emocionais intensas e memórias
associadas ao falecido”, revela.
Além disso, a psicologia desempenha um papel fundamental na
compreensão do luto. “Existem diferentes teorias e modelos que explicam as
fases e processos pelos quais as pessoas passam durante o luto, como o modelo
de Kübler-Ross, que descreve as fases de negação, raiva, negociação, depressão
e aceitação. No entanto, é importante ressaltar que o luto é uma experiência
individual e única para cada pessoa, e nem todos passam por todas as fases
descritas”, fala Dra. Jéssica.
Durante o luto, é comum que as pessoas busquem apoio na família e
nos mais próximos para compartilhar histórias, memórias e emoções. Esse
processo pode ajudar a criar um senso de comunidade e solidariedade entre os
que estão passando pelo mesmo processo de luto. Além disso, Dra Jéssica
ressalta que é importante permitir-se vivenciar as emoções e procurar apoio
emocional de amigos, familiares ou profissionais de saúde mental, se
necessário.
“Em última análise, a morte pode ter um impacto significativo na vida, desencadeando um processo de luto complexo. Compreender as bases neurocientíficas e psicológicas do luto pode ajudar a normalizar essas experiências e fornecer suporte adequado para aqueles que estão enlutados”, finaliza a psiquiatra.
Dra. Jéssica Martani - Médica psiquiatra, observership em neurociências pela Universidade de Columbia em Nova Iorque – EUA, graduada pela Universidade Cidade de São Paulo com residência médica em psiquiatria pela Secretaria Municipal de São Paulo e pós graduação em psiquiatria pelo Instituto Superior de Medicina e em endocrinologia pela CEMBRAP. CRM 163249/ RQE 86127
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