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quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Finados e luto, psiquiatra explica o processo


No próximo dia 2 de novembro é lembrado o Dia de Finados. A médica psiquiatra Dra. Jéssica Martani, especialista em comportamento humano e saúde mental, explica como a morte desencadeia o processo de luto. Ela fala que o luto é uma resposta natural e emocional à perda de alguém ou algo significativo em nossas vidas. “Quando uma pessoa querida morre, é comum experimentar uma série de emoções intensas, como tristeza, choque, negação, raiva e até mesmo depressão”, afirma. 

Para a médica, a neurociência e a psicologia podem ajudar a entender as reações emocionais e cognitivas que ocorrem durante o luto. “A região do cérebro associada ao processamento emocional, como o córtex pré-frontal ventromedial e a amígdala, pode estar envolvida na experiência do luto. Essas áreas podem desencadear respostas emocionais intensas e memórias associadas ao falecido”, revela. 

Além disso, a psicologia desempenha um papel fundamental na compreensão do luto. “Existem diferentes teorias e modelos que explicam as fases e processos pelos quais as pessoas passam durante o luto, como o modelo de Kübler-Ross, que descreve as fases de negação, raiva, negociação, depressão e aceitação. No entanto, é importante ressaltar que o luto é uma experiência individual e única para cada pessoa, e nem todos passam por todas as fases descritas”, fala Dra. Jéssica. 

Durante o luto, é comum que as pessoas busquem apoio na família e nos mais próximos para compartilhar histórias, memórias e emoções. Esse processo pode ajudar a criar um senso de comunidade e solidariedade entre os que estão passando pelo mesmo processo de luto. Além disso, Dra Jéssica ressalta que é importante permitir-se vivenciar as emoções e procurar apoio emocional de amigos, familiares ou profissionais de saúde mental, se necessário. 

“Em última análise, a morte pode ter um impacto significativo na vida, desencadeando um processo de luto complexo. Compreender as bases neurocientíficas e psicológicas do luto pode ajudar a normalizar essas experiências e fornecer suporte adequado para aqueles que estão enlutados”, finaliza a psiquiatra.

 

Dra. Jéssica Martani - Médica psiquiatra, observership em neurociências pela Universidade de Columbia em Nova Iorque – EUA, graduada pela Universidade Cidade de São Paulo com residência médica em psiquiatria pela Secretaria Municipal de São Paulo e pós graduação em psiquiatria pelo Instituto Superior de Medicina e em endocrinologia pela CEMBRAP.   CRM 163249/ RQE 86127


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