Nem toda tristeza é patológica. De acordo com a psiquiatra Dra.
Naiayde Monte, especialista em Transtornos de Humor pela USP, a tristeza, na
maior parte dos casos, é um sentimento humano natura, que acontece como
resposta a determinados estímulos e contextos. “Quem nunca ficou triste por
terminar um relacionamento, ser demitido ou perder um ente querido? Nessas e
tantas outras situações cotidianas, é esperado que as pessoas se sintam
tristes. Porém, é preciso atenção quando essa tristeza persiste e atrapalha o
dia a dia”, alerta a psiquiatra.
Para a médica, a tristeza ‘normal’ não costuma durar muito e de
maneira geral não traz prejuízos para a pessoa, enquanto a tristeza patológica
tende a durar pelo menos duas semanas, com impacto na realização das atividades
e funções do indivíduo. “Muitas vezes, mesmo sem estímulo que justifique, a
tristeza patológica pode vir”, explica a psiquiatra.
Nesses casos, a tristeza pode ser um problema a ser resolvido,
muito mais do que um sentimento passageiro. “Precisamos estar atentos se,
associado a ela, existem outros sintomas, tais como choro fácil, desânimo e perda
do prazer em realizar atividades que antes eram prazerosas”, fala Dra. Naiayde.
A médica afirma que ao reconhecer alguma dessas situações, é
essencial procurar ajuda profissional. “Um médico psiquiatra ajuda a entender
essa tristeza, diferenciar se ela é normal ou patológica e conduzir o
tratamento mais adequado”, finaliza.
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