39% dos jovens receiam se formar e não conseguir um emprego

Pesquisa do Nube observa os medos de quem chega agora no mercado

Decidir o curso certo para a faculdade é uma tarefa desafiadora para muitos. Após essa fase difícil, um dos maiores receios é não vislumbrar uma carreira de sucesso no campo desejado. Afinal, esse é o sonho de todo estudante. Pensando nisso, o Nube - Estagiários e Aprendizes realizou, entre os dias 16 e 27 de outubro, um levantamento em seu site, contando com a participação de 17.689 pessoas de 15 a 29 anos, perguntando: “você tem medo de se formar e não conseguir um emprego na sua área?”. 

 

A competitividade assusta a maior parte dos discentes 

Para 39,44% dos respondentes (6976), a competitividade do mercado traz grandes receios e a dúvida se alcançaria o êxito. De fato, o meio laboral está com cada vez mais candidatos disputando as vagas e as melhores ficam à disposição de quem consegue chamar a atenção. “Uma das relevantes estratégias para quem quer se ressaltar frente às oportunidades é estar atualizado com as tendências, entender os temas em alta e quais são as habilidades e qualificações mais solicitadas pelas grandes empresas”, indica Gabriel de Godoi Siqueira, analista de treinamento e desenvolvimento do Nube. 

Conforme a 53º edição do Fórum Econômico Mundial, criatividade, inteligência emocional, empatia, curiosidade e aprendizagem gradativa são algumas das maestrias de impacto positivo para a formação pessoal. Logo, investir no desenvolvimento e aperfeiçoamento delas é de enorme relevância para o resultado futuro.

 

O mercado exige aprimoração constante 

O mundo está em evolução gradual com a tecnologia e outras atualizações. O setor empregatício acompanha essa realidade e apresenta diferentes necessidades com o passar do tempo. Logo, os trabalhadores precisam estar atentos às tendências e assuntos do momento para não serem deixados de lado. Esse é o fator de maior apreensão para 20,44% dos jovens, pois há cada vez mais exigências e eles não estão seguros de todas. 

Nesse caso, o expert indica ir sempre atrás de mais informação. “Entenda as solicitações feitas aos profissionais da sua área de especialização, busque por estratégias diversas para o processo de aprendizagem contínua e seja curioso! Essas referências, unidas a um perfil alinhado com o cargo, vão salientar seu desenvolvimento. A busca está sendo para indivíduos preparados para lidar com toda a volatilidade de demandas e distintos pedidos”, aponta. 

 

A insegurança pode afetar o desempenho profissional 

Para o especialista do Nube, acreditar em si mesmo é uma parte fundamental da jornada. “Autoconfiança, aliada com autoconhecimento, frizam sua participação durante o processo seletivo. Inspirar esse sentimento ao decorrer das etapas é um excelente fator na busca por chances de trabalho”, afirma. Esse é o caso de 17,30% dos entrevistados na pesquisa. Para eles, estão se preparando muito bem e faltam profissionais com o seu conhecimento.  

Todavia, aos ainda inseguros sobre o seu potencial, alguns pequenos passos podem auxiliar, conforme dicas de Godoi: 

·       Entenda a oportunidade: pesquise a empresa onde quer atuar, conheça seu negócio, clientes e produtos. Estude o segmento, seus principais concorrentes, história e crescimento.

·       Cuide do seu Marketing Pessoal: busque ter clareza ao falar sobre as próprias experiências, profissionais e acadêmicas; cursos realizados e competências desenvolvidas. Sua trajetória e carreira são únicas e devem ser valorizadas primeiramente por você.

·       Pratique a entrevista: muitos processos seletivos seguem alguns padrões e tendem a repetir as mesmas perguntas referentes a vivência, formação e capacitação. Entendendo essas características, ensaie seu discurso aprimorando as colocações para obter mais naturalidade.

 

Sair da zona de conforto pode ser uma boa ideia

 

Dos participantes, 10,68% aceitariam qualquer função para não ficar sem trabalho, mesmo fora do seu âmbito de interesse. Na opinião de Siqueira, isso demonstra maleabilidade, tendendo a ser uma excelente alternativa optar por sair da zona de conforto. “Aproveitar as chances em segmentos distintos evidenciam flexibilidade, uma aptidão essencial para manter a empregabilidade em alta”, recomenda.

 

Nesse contexto, o ideal é usufruir bem de cada instante, sugando o máximo de sabedoria e proveitos dessa etapa, visando contribuir para o crescimento pessoal. “Desfrute desse momento para desenvolver uma visão mais ampla sobre o mercado, criando, a partir dessa jornada, um novo leque de conhecimentos e relacionamentos. A continuidade da sua carreira não será finalizada ao atuar em um viés separado. O meio é adaptável e pede essa característica”, complementa.

 

A menor parcela torce pela abertura de mais vagas

 

No terceiro trimestre de 2023, tivemos uma queda na taxa de desempregados no Brasil chegando a 7,7%. No geral, a procura está acirrada por candidatos qualificados e talentosos. Em agosto deste ano, a economia do país contratou 220.884 membros sobre o regime CLT (Consolidação das Leis de Trabalho). De acordo com a 1ª Temporada de Estágios 2023, pesquisa realizada pelo Nube, somente de janeiro até março foram abertas cerca de  57 mil vagas para estudantes de todo o Brasil.

 

Esses danos nos provam como, de fato, o cenário está cada vez mais favorável para maiores receptividades empresariais, algo esperado por 12,13%, os quais creem nesse aumento e não detém fortes preocupações sobre o futuro. Contudo, apesar disso, as melhores possibilidades ainda se dão para quem se realça. Logo, é crucial não parar de se lapidar. “Esse número nos proporciona uma perspectiva e quem está mais atualizado recebe ênfase”, finaliza o analista de treinamento e desenvolvimento do Nube. 

 

Fonte: Gabriel de Godoi Siqueira, analista de treinamento e desenvolvimento do Nube

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