01/10 – Dia Mundial da Urticária
Estima-se que uma em cada quatro pessoas apresenta pelo menos um episódio de urticária ao longo da vida. Os sinais da doença são lesões na pele chamadas urticas, que têm aspecto avermelhado e elevado, coçam muito e se apresentam de forma isolada ou agrupada formando placas. Essas manchas podem aparecer em qualquer parte do corpo, não deixam cicatrizes e podem durar até 24 horas. Em alguns casos, as urticas podem vir acompanhadas de angioedema (inchaço deformante) em olhos, lábios, genitália, palma das mãos e dorso dos pés.
A urticária é
classificada em dois grupos:
Urticária
Aguda: Os sintomas desaparecem em até seis
semanas e as causas podem estar relacionadas a infecções, alimentos,
medicamentos, ferroadas de insetos e contrastes usados em exames de imagem.
Urticária
Crônica: Os sintomas surgem diariamente ou
quase diariamente e duram mais do que seis semanas, podendo persistir por meses
ou anos. A urticária crônica ainda é subdividida em dois tipos – Urticária
Crônica Espontânea (UCE) e Urticária Crônica Induzida (UCIND).
UCE: As urticas surgem sem motivo aparente e sem relação com
nenhum estímulo externo. A urticária crônica espontânea não é emocional, não é
alergia e não é causada por fatores externos.
UCInd: As lesões são desencadeadas por fatores específicos, que
podem ser provocadas pelo atrito e fricção na pele (dermografismo), contato com
frio (urticária ao frio), pressão sobre a pele (urticária de pressão tardia),
calor (urticária ao calor), água (urticária aquagênica), estímulos vibratórios
(angioedema vibratório) e por aumento da temperatura corporal (urticária
colinérgica).
O Coordenador do
Departamento Científico de Urticária da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), Dr.
Régis de Albuquerque Campos, conta que a urticária crônica pode afetar até 5%
dos adultos e 1,4% das crianças. No Brasil, cerca de 1 em cada 250 pessoas
sofre com urticária crônica espontânea.
O diagnóstico da
urticária é baseado na história clínica do paciente, sem a necessidade de
exames. Na suspeita das urticárias induzidas, são realizados teste específicos
com o possível agente causador.
Impacto
Emocional: A urticária não é emocional, não é
psicológica e nem ocorre por estresse. Porém, o constrangimento causado pelas
lesões, o desconforto da coceira e a insegurança de não saber quando vai ter
uma crise afetam o emocional e a vida social e profissional com repercussões no
trabalho, na escola, no sono e no lazer. Algumas pessoas podem apresentar
instabilidade emocional, ansiedade e até depressão, necessitando acompanhamento
especializado.
Tratamento: “A primeira etapa do tratamento da UCE é o uso de
antialérgicos (anti-histamínicos) de 2ª geração, pois bloqueiam a ação da
histamina, melhorando os sintomas em até 40% dos casos. Os anti-histamínicos de
2ª geração são os preferidos por sua segurança e menor ocorrência de efeitos
colaterais indesejáveis, como a sonolência, por exemplo”, explica o especialista.
Caso não ocorra
melhora em 2 a 4 semanas, o médico poderá orientar o uso de doses mais altas,
de duas até quatro vezes a dose habitual, até que ocorra melhora dos sintomas.
Já os corticoides são utilizados para tratamento das crises por curtos períodos
e sempre com orientação médica.
“Os pacientes que
não controlam os sintomas com os anti-histamínicos em doses altas têm indicação
para uso do imunobiológico chamado omalizumabe, que atua diminuindo a ativação
do mastócito, principal célula envolvida na urticária, reduzindo assim a
liberação da histamina”, detalha o Coordenador da ASBAI.
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