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sábado, 16 de setembro de 2023

Entenda a Síndrome do Pequeno Poder


Comportamento autoritário no trabalho ou na família pode ser Síndrome do Pequeno Poder, distúrbio psicológico é pouco conhecido 

 

Já viu algum colega de trabalho ou um amigo receber algum tipo de poder em sua esfera e passar a agir de forma autoritária? Esse tipo de atitude é chamada de Síndrome do Pequeno Poder e é caracterizada pelo uso de poder sem preocupação com seus resultados e eventuais danos.

 

É um fato que existe uma crise de saúde mental no mundo, as doenças vêm em diversas formas. Da ansiedade à depressão, uma pesquisa da OMS mostra que 86% dos brasileiros têm algum transtorno mental, incluindo também a Síndrome do Pequeno Poder, que não é considerada menos que as demais.

 

Segundo a psicóloga e especialista em Psicologia Clínica pela PUC de SP, Vanessa Gebrim, a síndrome está diretamente ligada ao autoritarismo. “A Síndrome do Pequeno Poder, é uma atitude de autoritarismo por parte de um indivíduo que, ao receber um poder, usa de forma absoluta, imperativa e exagerada sem se preocupar com as consequências e problemas que podem ocasionar nas relações”, explica.

 

Causas da Síndrome do Pequeno Poder 

 

O alerta da Síndrome do Pequeno Poder é entender que ela não é apenas um ato de autoritarismo e sim um problema de saúde mental. “Pode ser identificada através de alguns sintomas como: arrogância, impulsividade, inquietude, excesso de confiança em si mesmo, mas que revela uma grande insegurança disfarçada. Isso acaba gerando conflitos graves, contribuindo para o desinteresse pelo trabalho se for no ambiente profissional e se for nas relações familiares e sociais, acaba ampliando a falta de interesse por essas relações, desenvolvendo quadros de depressão e ansiedade por quem sofre a opressão”, revela.

 

A Síndrome do Pequeno Poder tem origem em relações emocionais desequilibradas que geram uma baixa autoestima e necessidade de autoafirmação, mas possui tratamentos. “A psicoterapia ajuda a fazer com que a pessoa tenha consciência de como esse comportamento pode afastá-las das outras pessoas. Também pode mostrar como as atitudes da pessoa estão sendo inconvenientes, além de trabalhar a insegurança que está disfarçada por uma autoconfiança que não existe”, indica.

 

É fácil de identificar a situação em nosso cotidiano, no trabalho ou em casa. “O exemplo mais comum é aquele em que alguém que era apenas um colega de trabalho, mas que bastou ter recebido uma pequena promoção, mesmo não sendo o chefe  começa a tratar com arrogância o colega e a se vangloriar de seu “novo cargo”. Muitas vezes  as avaliações de perfis tidos como “enérgicos”, para exercer liderança e obter o respeito dos subordinados, podem ter características dessa síndrome. Neste caso, a avaliação do perfil comportamental e psicológico deve ser extremamente eficiente para detectar esta situação, de forma rápida, antes de exercer a opressão e não afetar toda a equipe”, exemplifica.

 

Por fim, é primordial que não seja vista com normalidade, mas conversada e tratada. “O importante é que a síndrome do pequeno poder não passe a ser vista como normal. A opressão não deve ser aceita e nem alimentada, mas também é importante tomar cuidado com reações muito agressivas. Se estiver muito presente procure ajuda psicológica”, finaliza Vanessa Gebrim.

  



Vanessa Gebrim - Pós-Graduada e especialista em Psicologia pela PUC-SP. Teve em seu desenvolvimento profissional a experiência na psicologia hospitalar e terapia de apoio na área de oncologia infantil na Casa Hope e é autora de monografias que orientam psicólogos em diversos hospitais de São Paulo, sobre tratamento de pacientes com câncer (mulheres mastectomizadas e oncologia infantil). É precursora em Alphaville dos tratamentos em trauma emocional, EMDR, Brainspotting, Play Of Life, Barras de Access, HQI, que são ferramentas modernas que otimizam o tempo de terapia e provocam mudanças no âmbito cerebral. Tem amplo conhecimento clínico, humanista, positivista e sistêmico e trabalha para provocar mudanças profundas que contribuam para a evolução e o equilíbrio das pessoas. Mais de 20 anos de atendimento a crianças, adolescentes, adultos, casais e idosos, trata transtornos alimentares, depressão, bullying, síndrome do pânico, TOC, ansiedade, transtorno de estresse pós traumático, orientação de pais, distúrbios de aprendizagem, avaliação psicológica, conflitos familiares, luto, entre outros.



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