Mulheres sofrem mais com burnout do que os homens e o Brasil só ficam atrás do Japão no número de casos diagnosticados mundialmente
A síndrome de burnout se manifesta por meio do esgotamento físico, emocional e mental resultante do estresse constante no ambiente de trabalho. Em 2022, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu essa condição como uma doença ocupacional e o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de casos diagnosticados, ficando atrás apenas do Japão, país onde 70% da população enfrenta o problema.
As mulheres são as maiores vítimas, tudo por conta do acúmulo de funções, e o autocuidado fica de fora da lista de prioridades, ocupada majoritariamente por demandas e cobranças que geram sobrecarga de trabalho. E é por isso que muitos profissionais se queixam de estarem em um ciclo constante de estresse, esgotamento, redução da produtividade e problemas de saúde. Mas é possível mudar esse quadro com uma mudança de mindset, o que inclui estabelecer limites e aprender a dizer não, gerenciar melhor o seu tempo, priorizar o autocuidado, buscar ajuda e, se necessário, mudar de emprego.
Confira seis dicas da Refuturiza, plataforma digital de empregabilidade e educação, para investir na saúde e no bem-estar e dar um chega pra lá no burnout.
1) Aprender a dizer não
Assumir tarefas que não são suas e aceitar mais trabalho do que é possível administrar não é um caminho saudável. A atitude só gera sobrecarga e não traz nenhum benefício: nem profissional e nem pessoal.
Para sair do ciclo de sobrecarga, é preciso aprender a dizer não de maneira assertiva e estabelecer limites claros, para você e para os outros.
2) Praticar a gestão do tempo
Aprender a gerir o próprio tempo é de extrema importância e uma das principais teorias de administração do tempo ensina que existem quatro tipos de tarefas:
· Urgente e importante (necessidade real);
· Não urgente e importante (eficiência);
· Urgente e não importante (decepção);
· Não importante e não urgente (desperdício)
Somente os dois primeiros grupos merecem atenção, mas normalmente a maior parte do tempo é gasto com os dois últimos, o que só gera decepção, frustração e desperdício de tempo.
Então, antes de começar a trabalhar, é importante priorizar as tarefas e começar pelo que é importante, dizer não para o que não importa e delegar quando necessário.
3) Priorizar o seu autocuidado
Ao fazer a sua lista de tarefas diárias, lembre-se de se incluir nela. Você é prioridade máxima e manter uma rotina de autocuidado não é algo supérfluo. Pelo contrário: é essencial. Se você não estiver bem e com a saúde em dia, nada mais fará sentido. E pior: rapidamente aparecerá alguém para te substituir (sim, essa é uma verdade dolorosa, mas necessária).
Então, reserve tempo para:
· ter uma rotina de atividade física;
· manter uma alimentação balanceada;
· beber bastante água;
· dormir o suficiente para descansar o corpo e a mente.
4) Cuidar da saúde mental/emocional
Dedicar tempo a atividades prazerosas fora do ambiente de trabalho é uma maneira eficaz de relaxar e recarregar a energia. Ler, dançar, praticar jardinagem e bordar são alguns bons exemplos. O mesmo vale para a prática da atenção plena (mindfulness) e da meditação, que ajudam na redução do estresse e da ansiedade.
5) Buscar ajuda sempre que necessário
Contar com apoio de um psiquiatra, psicólogo ou terapeuta para orientar e fornecer as ferramentas necessárias para atravessar o estresse e aprender a lidar melhor com ele é uma forma de manter a saúde mental em dia. Por isso, não hesite em buscar ajuda profissional.
6) (Se necessário) mudar de emprego
Algumas vezes, mesmo colocando em prática todos os itens anteriores, o problema está justamente no ambiente de trabalho, que pode ser tóxico e, ao invés de impulsionar o crescimento, esgota e coloca o profissional para baixo. Se esse for o seu caso, saiba que há outras possibilidades de trabalho, considerando outras vagas na mesma área ou mesmo uma mudança de carreira
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