Especialista do
CEJAM reforça a importância de os pais se atentarem aos sinais, além de
cultivarem o hábito de visitar o oftalmologista regularmente com seus filhos
O retinoblastoma é um tipo
raro de câncer que se desenvolve na retina do olho, dificultando a captação da
luz e, consequentemente, a transmissão de informações para o cérebro,
responsável pela visão. Essa condição grave afeta principalmente bebês e crianças,
podendo levar à cegueira.
Nos últimos tempos, o assunto ganhou mais notoriedade na imprensa através do
jornalista e apresentador Tiago Leifert, cuja filha de 2 anos foi diagnosticada
com a doença.
"O quadro afeta, sobretudo, crianças devido à mutação genética que
geralmente ocorre durante o desenvolvimento fetal. Como a retina é uma parte
essencial do sistema visual, os sintomas costumam se tornar evidentes
cedo", afirma o Dr. Luis Claudio Guillaumon, oftalmologista nos Hospitais
Dia Campo Limpo e M' Boi Mirim e no AME Carapicuíba, gerenciados pelo CEJAM -
Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" em parceria com as
Secretarias Municipal e Estadual da Saúde de São Paulo.
Segundo o Ministério da Saúde, a incidência de retinoblastoma no mundo corresponde
entre 2% e 4% dos tumores em crianças de 0 a 14 anos. No Brasil, estima-se uma
média de 400 casos por ano.
Entre os sintomas mais comuns estão o reflexo pupilar branco, também conhecido
como "olho de gato", vermelhidão, inchaço ou dor nos olhos, visão
prejudicada, estrabismo e, em casos mais graves, a perda total da visão ou
óbito.
A boa notícia é que a chance de cura pode ultrapassar 90%, quando o diagnóstico
é realizado precocemente. "O rápido diagnóstico da doença é crucial, pois
permite um tratamento menos agressivo, preservando a visão e aumentando as
chances de cura, além de preservar a vida do paciente", reforça o médico.
Normalmente, o teste do olhinho, realizado na maternidade assim que o bebê
nasce, ajuda no direcionamento do diagnóstico. Além disso, o reconhecimento do
quadro pode ser feito por um oftalmologista especializado através do exame
ocular completo na criança e, dependendo do caso, também com o auxílio de
ultrassonografia ocular e tomografia computadorizada.
Dr. Luis Claudio recomenda que os pais permaneçam sempre atentos aos sinais
apresentados por seus filhos, além de buscar regularmente atendimento
oftalmológico. De maneira geral, um exercício simples indicado pelo
especialista, que pode ajudar a identificar quando procurar ajuda, é tirar
fotos com flash do seu filho. O primeiro sinal que deve acender um alerta é se
o olho dele reflete a pupila branca.
CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
cejamoficial)
cejam.org.br/noticias
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