Brasil
tem o terceiro maior registro de doadores de medula óssea do mundo, com 5,5
milhões de pessoas cadastradas
No dia 17 de setembro é comemorado o Dia Mundial do
Doador de Medula Óssea, data que tem o intuito de conscientizar as pessoas
sobre a importância da doação, que pode ser essencial para a cura de doenças
como leucemia, linfomas e alguns tipos de anemias. Atualmente, o Brasil tem o
terceiro maior registro de doadores de medula óssea do mundo, segundo o
Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME).
São mais de 5,5 milhões de brasileiros cadastrados
no banco do REDOME. Roberto Luiz da Silva, hematologista na Rede de Hospitais
São Camilo de São Paulo, destaca que a medula óssea utilizada para realização
do transplante pode curar diversas doenças além das citadas anteriormente.
“A medula óssea é uma substância gelatinosa
presente no interior dos ossos, capaz de produzir as células sanguíneas,
glóbulos vermelhos, plaquetas e glóbulos brancos. Quando o paciente recebe a
medula óssea ou células tronco hematopoéticas, o organismo passa a produzir
essas células de forma saudável novamente”, comenta ele.
Para doar, é preciso ter entre 18 e 35 anos de
idade, estar em bom estado geral de saúde, não ser portador de doenças
infecciosas ou incapacitantes, câncer, condições hematológicas ou do sistema
imunológico. No entanto, algumas condições de saúde não impedem a doação, por
isso, é importante que cada caso seja devidamente analisado, segundo a Dra.
Maria Cristina, responsável técnica do serviço de transplante de medula óssea
da unidade Pompeia da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
Para se tornar um doador voluntário de medula
óssea, é preciso acessar o site do REDOME (redome.inca.gov.br) e verificar a
unidade de cadastramento mais próxima da sua localização.
Neste local, será realizada a apresentação de um
documento chamado Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para cadastro no
REDOME e será coletada uma amostra de sangue para exame de tipagem HLA
(antígeno leucocitário humano). Os resultados ficam cadastrados no REDOME para
buscas de compatibilidade com quem necessita de doações a nível nacional e
internacional.
Segundo o Dr. Roberto, há necessidade de se
incentivar um maior número de doações na região norte e de doadores negros,
asiáticos e indígenas, aumentando assim as probabilidades de se encontrar um
doador, pois o Brasil possui grande miscigenação.
De acordo com os especialistas é importante que
todas as pessoas inscritas no REDOME realizem atualização de seus cadastros
facilitando o contato, caso seja encontrado um receptor possível.
Rede de
Hospitais São Camilo de São Paulo
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