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sábado, 23 de setembro de 2023

Contaminação Cruzada: todos os cuidados na gastronomia são poucos

Especialista da Cruzeiro do Sul Virtual, Regina Costa, explica o termo e alerta aos cuidados necessários na cozinha

 

Ao preparar um alimento, é necessário seguir uma receita, escolher os ingredientes e acompanhar o passo a passo. Porém, mais importante que tudo isso, é manter a higiene e atentar-se a bactérias ou fungos, que influenciam muito na saúde, gosto e segurança da refeição e daquele que a consome.  

Segundo a coordenadora do curso de Gastronomia da Cruzeiro do Sul Virtual, Regina Costa, a contaminação cruzada é decorrente de manuseio ou operação de insumos sem os devidos cuidados, durante o processo de manipulação da comida, que se for realizado de modo indevido, transfere microorganismos patogênicos. Além disso, pode acometer equipamentos e utensílios usados para o preparo de determinado alimento e logo em seguida para o preparo de outro comestível, de diferente origem, ou estado (cru para cozido e vice-versa), ou ainda, sem a higienização entre preparações.   

Todos os cuidados na cozinha são poucos e as falhas podem ser ocasionadas por meio do uso de tábuas de cortes, facas compartilhadas, limpeza incorreta das mãos e ainda pela má higienização do manipulador ou local que está sendo utilizado para o processo de preparo. 

O bom armazenamento resultará na conservação, durabilidade e melhor utilização dos insumos. “A boa conservação evita o desperdício e contribui para a sustentabilidade. A falta de organização e armazenamento inadequado, pode resultar em diversos problemas, como: contaminação cruzada, dificuldade de localizar os insumos, rápida deterioração, desperdício e gastos desnecessários. Além disso, a conservação correta inibe a ação de bactérias, o que evita o risco de doenças alimentares”, diz Regina.  

A profissional ainda faz um alerta para doenças e complicações que a prática indevida dos alimentos pode ocasionar. “A contaminação cruzada representa risco à saúde com o transporte do alérgeno de um alimento para outro. Neste caso, um alimento que naturalmente não conteria o alérgeno, pode passar a contê-lo por meio da contaminação direta ou indireta. Esta propagação pode acontecer por exemplo, por meio do uso de talheres ou bancada utilizada para confeccionar os alimentos de diferentes naturezas”, explica.   

“A contaminação cruzada pode levar ao aparecimento de doenças chamadas Doenças Transmitidas por Alimentos. Dados da Organização Mundial da Saúde, sinalizam que as DTA’S são consideradas grandes preocupações de saúde pública global e estima que cerca de 1 a cada 10 pessoas sejam acometidas do adoecimento por meio delas.” 

Regina Costa, finaliza concedendo algumas dicas e orientações para evitar a contaminação cruzada: 

  • Higienizar corretamente os alimentos, deixando os que serão consumidos crus, como frutas, verduras e legumes, imersos em solução de hipoclorito de sódio por 15 minutos e, depois, lavá-los em água corrente; 
  • Higienizar corretamente as superfícies, bancadas, pias e utensílios, antes e após cada uso, com produtos de uso profissional e recomendados; 
  • Armazenar os alimentos de origens diferentes em potes diferentes e até mesmo em separações diferentes na geladeira; 
  • Colocar alimentos crus ou cozidos em potes limpos; 
  • Higienizar corretamente locais utilizados para estocagem de alimentos em diferentes temperaturas.  

 


Cruzeiro do Sul Virtual
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