Especialista da
Cruzeiro do Sul Virtual, Regina Costa, explica o termo e alerta aos cuidados
necessários na cozinha
Ao preparar um alimento, é necessário seguir uma
receita, escolher os ingredientes e acompanhar o passo a passo. Porém, mais
importante que tudo isso, é manter a higiene e atentar-se a bactérias ou
fungos, que influenciam muito na saúde, gosto e segurança da refeição e daquele
que a consome.
Segundo a
coordenadora do curso de Gastronomia da Cruzeiro do Sul Virtual, Regina Costa,
a contaminação cruzada é decorrente de manuseio ou operação de insumos sem os
devidos cuidados, durante o processo de manipulação da comida, que se for
realizado de modo indevido, transfere microorganismos patogênicos. Além disso,
pode acometer equipamentos e utensílios usados para o preparo de determinado
alimento e logo em seguida para o preparo de outro comestível, de diferente
origem, ou estado (cru para cozido e vice-versa), ou ainda, sem a higienização
entre preparações.
Todos os
cuidados na cozinha são poucos e as falhas podem ser ocasionadas por meio do
uso de tábuas de cortes, facas compartilhadas, limpeza incorreta das mãos e
ainda pela má higienização do manipulador ou local que está sendo utilizado
para o processo de preparo.
O bom
armazenamento resultará na conservação, durabilidade e melhor utilização dos
insumos. “A boa conservação evita o desperdício e contribui para a
sustentabilidade. A falta de organização e armazenamento inadequado, pode
resultar em diversos problemas, como: contaminação cruzada, dificuldade de
localizar os insumos, rápida deterioração, desperdício e gastos desnecessários.
Além disso, a conservação correta inibe a ação de bactérias, o que evita o
risco de doenças alimentares”, diz Regina.
A
profissional ainda faz um alerta para doenças e complicações que a prática
indevida dos alimentos pode ocasionar. “A contaminação cruzada representa risco
à saúde com o transporte do alérgeno de um alimento para outro. Neste caso, um
alimento que naturalmente não conteria o alérgeno, pode passar a contê-lo por
meio da contaminação direta ou indireta. Esta propagação pode acontecer por
exemplo, por meio do uso de talheres ou bancada utilizada para confeccionar os
alimentos de diferentes naturezas”, explica.
“A
contaminação cruzada pode levar ao aparecimento de doenças chamadas Doenças
Transmitidas por Alimentos. Dados da Organização Mundial da Saúde, sinalizam
que as DTA’S são consideradas grandes preocupações de saúde pública global e
estima que cerca de 1 a cada 10 pessoas sejam acometidas do adoecimento por
meio delas.”
Regina
Costa, finaliza concedendo algumas dicas e orientações para evitar a
contaminação cruzada:
- Higienizar corretamente os
alimentos, deixando os que serão consumidos crus, como frutas, verduras e
legumes, imersos em solução de hipoclorito de sódio por 15 minutos e,
depois, lavá-los em água corrente;
- Higienizar corretamente as
superfícies, bancadas, pias e utensílios, antes e após cada uso, com
produtos de uso profissional e recomendados;
- Armazenar os alimentos de
origens diferentes em potes diferentes e até mesmo em separações
diferentes na geladeira;
- Colocar alimentos crus ou
cozidos em potes limpos;
- Higienizar corretamente
locais utilizados para estocagem de alimentos em diferentes temperaturas.
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