No Dia Nacional de
Doação de Órgãos, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) fala sobre a
importância de conscientizar a população e como a doação pode salvar inúmeras
vidas
O tema doação de órgãos ganhou o holofote da
imprensa nacional nas últimas semanas, por causa do transplante de coração
realizado pelo apresentador Fausto Silva. Vale salientar que hoje o Brasil
possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do
mundo, mas, apesar disso, cerca de 60 mil pessoas esperam na fila por
transplante em todo o país.
No Dia Nacional de Doação de Órgãos, realizado em
27/09, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) alerta à população sobre a
importância da doação de órgãos. “Um doador é alguém que salva vidas, como no
caso do coração, ou, no mínimo, alguém que melhora muito a vida de alguém, como
a de quem não pode enxergar, mas volta a ver pela doação de córneas”, alerta o
presidente da SBP, Dr. Clóvis Klock.
Segundo dados do Registro Brasileiro de Transplante
(RBT), de janeiro a junho, mais de 31.500 pessoas esperavam por uma doação de
rim, 23.729 por uma córnea nova, 1343 por fígado e 303 por um coração. Nos três
últimos órgãos do ranking está o pulmão com 146 pacientes, seguido por 13
pessoas esperando pelo pâncreas e pâncreas/Rim, com 272 pessoas na lista.
Existe uma série de etapas entre a retirada do
órgão do doador até o transplante, principalmente analisar a compatibilidade de
quem está doando e quem irá receber. “O papel do médico patologista também é
fundamental para definir, em muitos casos de transplante, se o órgão está
viável para ser transplantado e se está em pleno funcionamento para desenvolver
sua função em um novo organismo”, afirma o presidente da SBP.
Para a Dra. Eliana Régia Barbosa de Almeida,
Coordenadora do Departamento de Coordenadores de Transplante da Associação
Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTP), no Brasil, uma das principais
causas de não efetivação das doações de órgãos e tecidos é a taxa de negativa
familiar elevada. “É importante destacar que essa taxa se deve à desinformação
sobre o processo de doação e transplante e também pela falta de um acolhimento
adequado e de uma comunicação qualificada no momento de dor e perda de um ente
querido dessa família”, afirma. A coordenadora também fala sobre a importância
da conversa com os familiares e amigos sobre o desejo de ser doador. “É
importante deixar claro que os familiares devem autorizar a doação de órgãos
para que ele seja realizado”, finaliza.
Sociedade Brasileira de Patologia - SBP
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