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terça-feira, 26 de setembro de 2023

Cerca de 60 mil pessoas esperam por transplante de órgãos e tecidos no Brasil

No Dia Nacional de Doação de Órgãos, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) fala sobre a importância de conscientizar a população e como a doação pode salvar inúmeras vidas

 

O tema doação de órgãos ganhou o holofote da imprensa nacional nas últimas semanas, por causa do transplante de coração realizado pelo apresentador Fausto Silva. Vale salientar que hoje o Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, mas, apesar disso, cerca de 60 mil pessoas esperam na fila por transplante em todo o país. 

No Dia Nacional de Doação de Órgãos, realizado em 27/09, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) alerta à população sobre a importância da doação de órgãos. “Um doador é alguém que salva vidas, como no caso do coração, ou, no mínimo, alguém que melhora muito a vida de alguém, como a de quem não pode enxergar, mas volta a ver pela doação de córneas”, alerta o presidente da SBP, Dr. Clóvis Klock. 

Segundo dados do Registro Brasileiro de Transplante (RBT), de janeiro a junho, mais de 31.500 pessoas esperavam por uma doação de rim, 23.729 por uma córnea nova, 1343 por fígado e 303 por um coração. Nos três últimos órgãos do ranking está o pulmão com 146 pacientes, seguido por 13 pessoas esperando pelo pâncreas e pâncreas/Rim, com 272 pessoas na lista.

Existe uma série de etapas entre a retirada do órgão do doador até o transplante, principalmente analisar a compatibilidade de quem está doando e quem irá receber. “O papel do médico patologista também é fundamental para definir, em muitos casos de transplante, se o órgão está viável para ser transplantado e se está em pleno funcionamento para desenvolver sua função em um novo organismo”, afirma o presidente da SBP.

Para a Dra. Eliana Régia Barbosa de Almeida, Coordenadora do Departamento de Coordenadores de Transplante da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTP), no Brasil, uma das principais causas de não efetivação das doações de órgãos e tecidos é a taxa de negativa familiar elevada. “É importante destacar que essa taxa se deve à desinformação sobre o processo de doação e transplante e também pela falta de um acolhimento adequado e de uma comunicação qualificada no momento de dor e perda de um ente querido dessa família”, afirma. A coordenadora também fala sobre a importância da conversa com os familiares e amigos sobre o desejo de ser doador. “É importante deixar claro que os familiares devem autorizar a doação de órgãos para que ele seja realizado”, finaliza.

 

Sociedade Brasileira de Patologia - SBP

 

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