Ginecologista da Unimed Araxá explica que ausência de estrogênio acarreta importante efeito inibitório nos focos de endometriose
A endometriose é uma doença crônica, inflamatória, dependente de hormônio estrogênio, que ocorre durante o período reprodutivo da vida da mulher, caracterizando-se pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina. Segundo a médica ginecologista da Unimed Araxá, Paula Honório de Oliveira, os principais sintomas da endometriose são a dor pélvica, a dificuldade em engravidar e a possibilidade de presença de massa na região pélvica. “O diagnóstico clínico é difícil e, muitas vezes, necessita de exames complementares. Embora estas manifestações sejam muito sugestivas de endometriose, não são exclusivas desta doença e requerem o diagnóstico diferencial com outras condições: aderências, síndrome do intestino irritável, doença inflamatória pélvica, cistite, câncer e outras mais”, explica.
O tratamento envolve a mudança no estilo de vida,
orientação nutricional, atividade física, além de medicações hormonais para
controle do ciclo menstrual. “A causa dessa condição ainda não é bem
esclarecida e existem algumas hipóteses de como surge a endometriose, porém,
ainda sem comprovação”, ressalta Dra. Paula.
Menopausa
Os sintomas da endometriose são causados pela presença do
hormônio estrogênio no organismo da mulher, por isso ocorre melhora ou
resolução na pós-menopausa, quando esse hormônio deixa de ser produzido. “A
ausência de estrogênio acarreta importante efeito inibitório nos focos de
endometriose”, comenta.
Pacientes com endometriose submetidas
à retirada cirúrgica dos ovários ou que entram espontaneamente na menopausa
podem necessitar de terapia de reposição hormonal devido aos sintomas de
hipoestrogenismo, como os calores e ressecamento vaginal, entre outros. “A
endometriose não é contraindicação para o uso de hormônios na pós-menopausa. O
uso de estrogênio isolado não implica em grande aumento de recorrência da
endometriose. Mesmo aquelas pacientes portadoras de endometriose que já foram
submetidas à retirada cirúrgica do útero podem fazer uso de terapia de
reposição hormonal com estrogênio e progesterona, a fim de evitar os sintomas
dessa doença nos focos residuais que possam existir”, orienta a ginecologista.
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