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sexta-feira, 7 de julho de 2023

Nem sempre a cirurgia plástica das pálpebras é apenas por motivos estéticos

Especialista explica a funcionalidade do procedimento


A Blefaroplastia é conhecida por ser a cirurgia plástica das pálpebras superiores e inferiores, sendo indicada para pessoas que possuem excesso de pele e bolsas de gordura nas pálpebras. Muitas vezes estes sinais causam um aspecto de envelhecimento, olhos tristes, caídos e aparência de cansaço. Estes, por sua vez, incomodam e afetam a autoestima. Apesar de ser mais comum em pessoas com idade avançada, pode ocorrer em pessoas mais jovens também, por causas constitucionais e familiares. Quando há a falta de força no músculo que eleva a pálpebra, a indicação cirúrgica pode ir além da estética.  

O que sabemos é que, conforme envelhecemos, o corpo perde muitas de suas características físicas. Com os olhos, ocorre a mesma coisa, e já a partir dos 30 anos, o excesso de pele e a gordura na região periocular tornam-se mais proeminentes, alterando o contorno natural das pálpebras superiores e inferiores, podendo afetar o campo de visão. A redução do campo de visão é uma realidade para a grande maioria dos pacientes que sofre com perda da elasticidade da pele das pálpebras. “A Revista Brasileira de Cirurgia Plástica publicou um estudo onde aponta que com o envelhecimento, as pessoas acima de 65 anos podem apresentar hipertensão arterial, cardiopatia, diabetes, glaucoma e catarata associadas ao peso palpebral”, explica André Borba, especialista em cirurgia ocular pela UCLA, Los Angeles.

A blefaroplastia tem se tornado um procedimento cada vez mais comum com o passar do tempo, especialmente após o conhecido efeito Zoom, que permitiu que fossemos mais críticos em relação a nossa autoimagem. Os principais fatores que fazem homens e mulheres procurarem um especialista em cirurgia das pálpebras são: excesso de pele nas pálpebras superiores, flacidez na região dos olhos, presença das bolsas de gorduras nas pálpebras inferiores, olheiras, inchaço palpebral, ptose palpebral ou pálpebra caída além do incomodo coma as linhas de expressão na região da testa e ao redor dos olhos, como os pés de galinha, por exemplo. 

Em geral o pós-operatório da blefaroplastia e dos procedimentos associados, como laser de CO2 e elevação das sobrancelhas, é relativamente tranquilo, mas requer os cuidados de qualquer cirurgia plástica, como: repouso relativo e principalmente a realização de compressas frias por 48 a 72 horas após o procedimento, seguindo as orientações médicas. Os pontos são retirados de 5 a 7 dias. À medida que o inchaço e os pequenos hematomas regridem, os benefícios e o nível de satisfação aumentam. Nos primeiros dias oriento aos meus pacientes a relaxarem, ouvirem música, assistirem a um bom filme e diminuírem as atividades no celular e computador para recuperarem-se rapidamente”, conclui o especialista. Considera-se que o resultado final se completa em até 6 meses, quando o aspecto da cicatriz cirúrgica tende a ficar inaparente. Além disso, cada condição prévia, cada anatomia e cada caso é um caso, e deverão ser tratados sempre de maneira personalizada.

“A confiança no especialista é fundamental para que ele possa orientá-lo com tranquilidade e segurança sobre a necessidade e indicação adequada de forma personalizada. Para tanto, é fundamental a realização de um exame detalhado da região periocular para tratar todos os pontos funcionais e/ou estéticos que levam a insatisfação do estado atual”, conclui Dr. Borba, relator do livro “Desenhando Um Novo Olhar: A tão Sonhada Cirurgia Plástica das Pálpebras — Guia Médico Completo Sobre a Blefaroplastia”, de 2022.


Dr. André Borba - doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP), pós-doutorando pela Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP). Fellowship em Oculoplástica pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA/ EUA). Professor Assistente do Setor de Oculoplástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Autor do livro Técnicas de Rejuvenescimento Facial com Toxina Botulínica e MD Codes TM, relator do livro Oculoplástica e Oncologia ocular, tema oficial do Conselho Brasileiro de Oftalmología 2021. Autor, com o Dr. Mateus Rodrigues, de Periorbital Filling With The MD Codes™ Algorithm: A Narrative Review and a Practical Guide, publicado pelo Journal of Cosmetics and Dermatology (Sep.2021). Membro da Sociedade Brasileira e da Portuguesa de Medicina Estética, e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular (SBCPO), da Sociedad Panamericana de Oculoplastía (SOPANOP), e das sociedades norte-americana e europeia de cirurgia plástica oftálmica e reconstrutiva. (ASOPRS e ESOPRS, nas siglas em inglês).

 

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