O Dr. Nelio
Tombini destaca a importância de cuidar da saúde mental dos estudantes de
medicina diante de altos índices de pressão e suicídiosDivulgação
A saúde mental dos estudantes de medicina tem sido
uma preocupação crescente nos últimos anos, com índices alarmantes de pressão e
suicídios entre essa população. O Dr. Nelio Tombini, renomado psiquiatra,
escritor e palestrante, enfatiza a necessidade urgente de abordar esse problema
e fornecer o apoio necessário aos estudantes de medicina em todo o país. "Os
estudantes de medicina estão sujeitos a uma enorme carga emocional e
psicológica durante sua jornada acadêmica. É fundamental que prestemos atenção
a esses desafios e ofereçamos o suporte necessário para ajudá-los a enfrentar
essas dificuldades", afirma o Dr. Tombini.
Segundo dados divulgados pela pesquisadora Fernanda
Mayer, da Faculdade de Medicina de São Paulo, 41% dos
estudantes de medicina do Brasil têm depressão e 81,7% apresentam ansiedade em
algum momento da graduação. O ambiente competitivo, a carga de
estudos extenuante e a responsabilidade emocional de lidar com a vida e a morte
contribuem para a deterioração da saúde mental desses estudantes. Infelizmente,
isso resulta em taxas preocupantes de depressão, ansiedade e, em casos
extremos, suicídio. Segundo dados divulgados
Tombini enfatiza que a
conscientização sobre a saúde mental e a criação de um ambiente de apoio são
cruciais para prevenir crises e garantir o bem-estar dos estudantes de
medicina. Ele recomenda a implementação de programas abrangentes de saúde mental
nas instituições de ensino médico, que incluam acesso a serviços de
aconselhamento, suporte psicológico e educação sobre autocuidado.
Além disso, o psiquiatra destaca a importância de
uma abordagem colaborativa, envolvendo professores, supervisores clínicos e
colegas de classe para identificar sinais precoces de estresse excessivo ou
transtornos mentais entre os estudantes. Ele enfatiza a necessidade de reduzir
o estigma em relação à saúde mental, encorajando um ambiente de apoio e
compreensão. Outros aspectos que podem pesar no adoecimento dos alunos.
Escolher medicina como uma forma de ganhar dinheiro e ascender socialmente.
Neste caso, a medicina e os pacientes serão um fardo e motivo para piorar a
saúde mental. Também é relevante o número exagerado de novas faculdades, sem
corpo docente preparado e sem condições logísticas para se aprender medicina.
Estes alunos ficam sobrecarregados emocionalmente e sem o pai/professor para
dar um suporte nas horas difíceis.
"A saúde mental é um componente essencial do
bem-estar geral dos estudantes de medicina. Precisamos agir agora para garantir
que eles recebam o apoio necessário para enfrentar esses desafios e se tornarem
profissionais de saúde resilientes e compassivos", acrescenta o Dr.
Tombini.
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