Segundo
números do PrevFumo, 65% dos pacientes têm sinais de ansiedade e 51% de
depressão. Programa atende pessoas gratuitamente desde 1988
No Dia Mundial sem
Tabaco, o Núcleo de Prevenção e Cessação do Tabagismo (PrevFumo), da Escola
Paulista de Medicina (EPM) e Hospital São Paulo (HSP/Unifesp), traçou um perfil
de seus pacientes e chama atenção para doenças causadas pelo cigarro.
Segundo os
resultados, os pacientes do PrevFumo são em sua maioria formado por mulheres
por volta dos 50 anos (66%). Boa parte deles têm alta dependência química à
nicotina (74%), fazem uso de outras drogas, principalmente bebidas alcoólicas
(57%) e são das classes C e B (88%).
Os números também
mostram que 65% apresentam sinais de ansiedade e 51% sinais de depressão. Outros
índices relevantes no perfil são que 40% dos pacientes são casados ou têm união
estável e 20% das pessoas são analfabetas ou têm o ensino fundamental
incompleto.
Para a
pneumologista do HSP e coordenadora do PrevFumo, Lygia Sampaio, não existem
níveis seguros para consumo de qualquer fumígeno, incluindo os cigarros
eletrônicos.
“Tabagismo é uma
doença que gera outras doenças como câncer de pulmão e DPOC (Doença Pulmonar
Obstrutiva Crônica), além de aumentar os riscos cardiovasculares para infarto e
AVC. Na pandemia, por exemplo, identificamos que pacientes que atuaram em home office
recaíram e tiveram que recomeçar o tratamento”, explica.
Segundo a
psicóloga, Rosangela Vicente, o tabagismo requer acompanhamento
multidisciplinar e mudanças nos hábitos e comportamentos. “A maior dificuldade
do paciente é como levar a vida e lidar com fatores estressantes que vão desde
o luto, perda de emprego e discussões do dia a dia, sem o cigarro”, conclui.
PrevFumo - O
Núcleo de Prevenção e Cessação do Tabagismo (PrevFumo), criado em 1988 pela EPM
e HSP/Unifesp, auxilia fumantes a deixarem o cigarro.
A equipe do PrevFumo é formada por médicos pneumologistas,
psicólogos, fisioterapeutas e enfermeiros. A cada dois meses há disponibilidade
de horário para cinco novos grupos.
O tratamento não farmacológico inclui técnicas
cognitivo-comportamentais abordadas em reuniões de grupo. Ao todo, são oito
sessões semanais de 90 minutos cada uma. Já a terapia farmacológica, fornecida
pelo SUS, disponibiliza adesivos de nicotina e bupropiona, medicamento via oral
para diminuir a vontade de fumar.
Para participar do programa, os interessados devem agendar
horário para avaliação individual pelo telefone (11) 5572-4301.
Nenhum comentário:
Postar um comentário