Entre 30 e 50% dos
casos podem ser prevenidos por meio da detecção e tratamentos precoces. Entenda
como os testes genéticos ajudam a encontrar as principais mutações em genes
responsáveis pelo aparecimento e progressão dos tumores.
Considerada uma das principais causas de morte no
mundo, a incidência do câncer segue crescente,
ao ponto de médicos e especialistas dispararem alertas para uma possível epidemia da doença em pessoas mais jovens.
Atualmente, a enfermidade mata mais de nove milhões de pessoas por ano, ao redor do mundo,
e foi diagnosticada
em mais de 700 mil pacientes somente no Brasil, em 2022 (segundo o INCA).
Causado
por diferentes fatores externos, hábitos de vida e muitas das vezes por
predisposição genética, de acordo com a OPAS/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde), entre 30 e 50% dos casos de câncer poderiam ser
evitados a partir de medidas simples de controle, detecção e
tratamentos precoces – fatores que impactam diretamente na chance de cura dos
diferentes tipos da doença.
No
âmbito da genética e hereditariedade, as últimas inovações
da biologia molecular têm contribuído para
detectar a pré-disposição para desenvolver o câncer futuramente. Por meio de testes genéticos, também denominados como sequenciamento de nova geração (NGS), indicados
especialmente aos indivíduos que já tiveram alguma incidência de câncer no
histórico familiar, é possível identificar mutações nos principais genes (BRCA1
e BRCA2), atrelados ao surgimento de tumores como os de mama, ovário e
próstata.
“Os testes genéticos estão aos poucos ganhando popularidade.
Pacientes com históricos de parentes com câncer têm multiplicadas as chances de
desenvolver a doença. As mutações destes genes aumentam o risco de cânceres de
próstata, cânceres de mama (inclusive nos homens), pâncreas e pele (melanoma).
Com o teste genômico realizado, o paciente terá informações que poderão
orientar o médico no acompanhamento e identificação da enfermidade de forma
precoce, o que diminui muito as chances de mortalidade em virtude da doença”, destaca Allan
Richard Gomes Munford, Gerente Regional LATAM de Marketing para Diagnósticos de
Oncologia e Precisão da QIAGEN, multinacional
alemã, especialista em tecnologia para diagnósticos moleculares que apresenta,
entre suas soluções, o QIAseq Targeted DNA pro Panels, um kit de reagentes
utilizados para a preparação das amostras a serem sequenciadas.
Para
realizar esse rastreamento, são feitas análises dos genes BRCA1 e BRCA2, entre
outros, que estão relacionados ao câncer hereditário. O teste genético permite verificar mutações nesses genes, que poderão
causar o desenvolvimento da doença. Com uma simples
amostra de sangue ou saliva, é possível realizá-lo e, sob orientação médica,
direcionar as medidas que mais se aplicam para contornar ou combater a presença
dos tumores. Esses testes já estão disponíveis
e são cobertos pelos planos de saúde, para pacientes que apresentem histórico
familiar do câncer, e seguem em tramitação para serem incluídos no Sistema
Único de Saúde (SUS) em panorama nacional.
Longevidade para casos avançados
A
expectativa de vida dos pacientes em estágio avançado de câncer, quando não há
mais chances de cura, depende de diversos fatores, além de seu estado geral de
saúde. Um deles é a detecção, acompanhamento e controle das metástases, ou
surgimento de novos tumores. Nesse sentido, a tecnologia aplicada
a diagnósticos moleculares tem permitido identificar mutações genéticas,
especialmente as do gene PIK3CA, que estão diretamente associadas ao
crescimento dos tumores, à resistência ao tratamento endócrino a um mau
prognóstico geral. Uma vez detectada a mutação, é possível iniciar um
tratamento com medicamentos combinados, sob os princípios ativos capazes de
inibir as proteínas relacionadas à rápida progressão da doença.
Entre os
testes genéticos disponíveis para encontrar essas mutações, os que apresentam metodologia
RT-PCR são mais rápidos, sensíveis e precisos, o que tem favorecido tratamentos
cada vez mais precoces. De acordo com Munford, soluções como o therascreen PIK3CA RGQ PCR Kit,
da QIAGEN,
são capazes de detectar 11 mutações do gene PIK3CA, por PCR, em tempo real,
contribuindo para o aumento da longevidade em casos irreversíveis.
“Foram muitos anos de pesquisa até que pudéssemos
relacionar a incidência do câncer às mutações genéticas. Embora ainda não sejam
uma realidade para muitas pessoas, seguimos trabalhando para que os testes
genéticos estejam acessíveis a um número cada vez maior de pacientes. Nosso
empenho é para que os órgãos de saúde observem os benefícios proporcionados por
essas tecnologias, como a redução de gastos em tratamentos, exames e consultas,
além do ganho exponencial em saúde e qualidade de vida desses pacientes, ao
serem poupados de tratamentos agressivos e debilitantes”,
conclui o executivo.
QIAGEN
https://www.qiagen.com/us/
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