Segundo a
Associação Brasileira de Avaliação Óssea, cerca de 10 milhões de brasileiros
sofrem com a condição, mas apenas 20% sabem que a tem
Produzida na pele, principalmente, após exposição ao Sol, a Vitamina D possui papel importante na prevenção da perda de massa óssea. Ela age no processo de mineralização óssea, ou seja, o nutriente ajuda o corpo a absorver o cálcio no intestino e contribui para a diminuição do risco de fratura causada pela osteoporose, doença caracterizada pelo enfraquecimento dos ossos.
Segundo a ABRASSO (Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo), a osteoporose atinge cerca de 10 milhões de brasileiros, porém, somente 20% deles estão cientes disso. Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam que uma em cada três mulheres terá uma fratura óssea e que ocorrem cerca de 9 milhões de fraturas por ano em todo o planeta.
O endocrinologista e presidente do 10° BRADOO (Congresso Brasileiro de Densitometria, Osteoporose e Osteoemtabolismo), João Lindolfo, ressalta que a exposição solar ajuda, sim, a evitar doenças ósseas, mas ela precisa ser controlada. “Para as peles mais claras, de cinco a sete minutos por dia são suficientes. Já as mais morenas, de 10 a 15, evitando a vermelhidão. Regiões como rosto e pescoço devem ser protegidas por conta do risco de câncer de pele. O recomendado é não usar protetor solar nas outras regiões durante esses breves períodos”, diz.
A IOF (International Osteoporosis Foundation, ou Fundação Internacional de Osteoporose, em tradução livre do inglês)
aponta que baixos níveis de vitamina D preocupam médicos do mundo inteiro,
mesmos nas regiões com abundância de Sol. Isso acontece porque alguns fatores
interferem na sua formação, como a estação do ano, a poluição urbana, tempo
excessivo em locais fechados, roupas que cobrem todo o corpo, cor da pele e
idade.
Suplementação
“Peixes ricos em gordura, como salmão, óleo de fígado de bacalhau, cogumelos e gema do ovo são algumas fontes interessantes para incluir na dieta, sendo ricos em vitamina D. Contudo, a quantidade recomendada por dia dificilmente é atingida só com a dieta alimentar, sendo necessário, em alguns casos, a suplementação”, explica Lindolfo.
Segundo a SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), níveis acima de 20ng/ml (nanogramas por mililitro) são desejáveis para a população em geral. Já para grupos de risco, como idosos, pacientes com osteoporose e gestantes, os valores devem ficar entre 30 e 60ng/ml.
“Em pessoas com risco de deficiência, é recomendado que o paciente faça uma
dosagem das concentrações de vitamina D no sangue. Quanto à suplementação, esta
deverá ser avaliada de acordo com cada caso. Os suplementos podem ser
encontrados em farmácias, supermercados, internet e outros locais. Normalmente,
são vendidos em cápsulas ou em gotas”, conclui o médico.
Vitamina D e osteoporose
Para esclarecer as dúvidas e conversar sobre os impactos da vitamina D na saúde óssea, e principalmente sua relação com a osteoporose, o endocrinologista João Lindolfo e a digital influencer Carolina Sehbe farão uma live, no Instagram da ABRASSO, no próximo dia 11 de janeiro (quarta-feira), às 20h. Além dos impactos na saúde óssea, o médico trará também a associação entre Vitamina D e Covid, além das consequências do excesso no uso do nutriente.
Carolina Sehbe - porta-voz do perfil @academiappk no Instagram. Responsável por
apresentar curiosidades do universo feminino, produz conteúdo e dá dicas de
saúde e beleza, contando sempre com o apoio de especialistas da medicina.
João Lindolfo - graduação em Medicina pela UnB (Universidade de Brasília) e
especialização em Endocrinologia e Metabologia pelo Hospital das Clínicas da
Universidade de São Paulo (USP). Complementou sua formação com clinical reasearch fellow em Endocrinologia
na Universidade de Virginia, nos Estados Unidos.
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