Sebrae planeja
para 2023, somente no âmbito do Fampe e das parcerias da instituição com BNDES,
Banco do Brasil e FINEP, um aumento potencial de cerca de R$ 57 bilhões de
crédito para o segmento
Um estudo feito pelo Sebrae a partir de dados do
Banco Central revelou que, apesar da elevação nos últimos dois anos da taxa
média dos juros praticados para empréstimos concedidos aos pequenos negócios, o
volume concedido de crédito e o número de operações cresceram em comparação com
o período pré-pandemia.
Entre os meses de abril de 2020, início da
pandemia, e setembro 2022, segundo os últimos dados disponíveis, foram
concedidos R$ 886 bilhões de crédito para os pequenos negócios, um volume 45%
maior do que o observado antes da pandemia, entre setembro de 2017 e março de
2020, quando o volume total foi de R$ 610 bilhões.
O aumento na concessão de crédito foi acompanhado
de um significativo aumento de pequenos negócios tomadores de crédito no
sistema financeiro nacional. No trimestre encerrado em setembro de 2022 cerca
de 7,3 milhões de pequenos negócios tomadores de crédito no sistema financeiro
nacional, cerca de 1,5 milhão a mais em comparação com a quantidade observada
no início da pandemia.
Somente no âmbito do Programa Nacional de Apoio às
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) foram concedidos cerca de
R$ 37 bilhões em empréstimos no ano passado, em quase 461 mil operações. Esse
resultado é superior aos quase R$ 25 bilhões que foram emprestados em 2021 em
333 mil operações de crédito. Já o Programa Emergencial de Acesso a Crédito
(FGI PEAC) em 2022 emprestou R$ 13,18 bilhões em 16,5 mil operações.
O levantamento do Sebrae identificou também um
crescimento nas operações das Empresas Simples de Crédito (ESC), que concederam
R$ 582 milhões por intermédio de 902 empresas, somente até setembro passado. O
número de ESC em atuação representa um crescimento de 276 % em comparação com o
número de empresas em atividade em 2019.
Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o
aumento do volume de crédito para micro e pequenas empresas, mesmo com o
aumento da taxa média de juros, que passou de 30,9 % ao ano (em 2020) para
34,9% ao ano (em 2022), confirma uma melhoria do cenário. “Os dados demonstram
a importância dos fundos garantidores para o crédito aos pequenos negócios.
Todos os três grandes fundos garantidores do país, o Fundo de Aval para as
Micro e Pequenas Empresas (Fampe), gerido pelo Sebrae, e o Fundo de Garantia de
Operação (FGO) do Banco do Brasil e responsável pelo Pronampe e o Fundo Garantidor
para Investimentos (FGI) do BNDES tiveram uma atuação de extrema importância
desde o início da pandemia e permitiram o aumento do crédito concedido para os
pequenos negócios”, comenta Melles.
O Sebrae estima para 2023, somente no âmbito do
Fampe e das parcerias da instituição com Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico (BNDES), Banco do Brasil e Financiadora de Estudos e Projetos
(Finep), um aumento potencial de R$ 55 bilhões de crédito, o que irá
representar cerca de 15,7% do total do crédito concedido para os pequenos
negócios no país.
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