Rede Somos Inovação, responsável pelo Índice, analisou 59 países divididos em 4 regiões, abrangendo cerca de 10 categorias como marco regulatório, proibição, disponibilidade para venda, exposição, entre outros
Suíça, Reino
Unido e Nova Zelândia lideram o ranking de melhores práticas, enquanto o Brasil
está em 45º lugar entre os piores desempenhos
A Rede Somos Inovação- uma
aliança dedicada a alcançar a implementação de soluções inovadoras na América
Latina - apresenta o primeiro Índice Global de
Políticas Antitabagistas Eficazes, estudo completo que serve de
guia para governos e autoridades analisar as vantagens da regulamentação e
aplicação de políticas públicas inteligentes em torno dos Produtos de Nicotina
Sem Combustão, como o Vaping, que são
fundamentais para reduzir os danos do consumo de cigarros tradicionais. O
índice traz evidências científicas de diferentes instituições sobre sua
eficácia no combate à dependência química e um ranking que avalia 59 países
quanto à regulamentação desses produtos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 8 milhões de pessoas
morrem a cada ano por doenças relacionadas ao uso do tabaco. Os Produtos de
Nicotina Sem Combustão conseguem ter uma eficácia de 11% a 18% para ajudar a
abandonar o cigarro tradicional e são 95% menos prejudiciais, pois são
mecanismos que contêm, se desejado, doses controladas de nicotina sem queimar o
restante dos produtos químicos tóxicos contidos no tabaco. Esses produtos são
divididos em:
Produtos Vaping: inclui o cigarro
eletrônico, vaporizador ou vape, e são sistemas eletrônicos que simulam o
consumo de tabaco, sem produzir fumaça.
Produtos de tabaco aquecido: dispositivos que
aquecem uma substância preparada a partir do tabaco, que é despejada em
recipientes semelhantes aos cigarros.
Produtos de nicotina sem
aplicação de calor: bolsas de nicotina e snus, fornecem uma quantidade
moderada de nicotina.
“Com este índice buscamos
frear a epidemia de notícias falsas e não científicas sobre vape, cigarros
eletrônicos e outros produtos sem combustão. É fundamental que as autoridades
dos países conheçam tanto as evidências científicas que demonstram sua eficácia
no combate ao tabagismo quanto às melhores práticas regulatórias mundiais. E
assim oferecer aos latino-americanos melhores alternativas com as quais possam
favorecer sua saúde”, comenta Federico Fernández, Coordenador do
índice e Diretor Executivo da Rede Somos Inovação.
Apostar em decisões bem
fundamentadas é a chave para combater o tabaco
Regular os Produtos de Nicotina Sem Combustão impede que os
usuários sejam empurrados para a ilegalidade. As políticas de saúde pública
devem considerar todas as opções que reduzam e minimizem efetivamente os danos
causados ??pelo tabaco. Os cidadãos devem poder escolher ao serem informados,
por isso as indicações do estudo ao governo são:
Permitir a
comercialização tanto física como online.
As
informações contidas nas embalagens não devem ser contrárias às informações
científicas, bem como não utilizar advertências escritas ou gráficas cuja
intenção seja desencorajar o uso dos produtos sem combustão.
As
autoridades de saúde devem incentivar o uso do Produtos de Nicotina Sem Combustão
como uma política pública ativa para limitar o tabagismo.
Os
danos absolutos e relativos de vaporizar a nicotina ou consumi-la em qualquer
uma de suas formas por meio da mídia em comparação com o tabagismo devem ser
comunicados para que os fumantes possam tomar decisões informadas.
O estudo analisa a
regulamentação do PNMS em 10 categorias diferentes, criando uma classificação
mundial de acordo com suas políticas de regulamentação ou proibição.
A Rede Somos Inovação compilou
evidências científicas e regulações de PNMS de 2021
a 2022, criando um ranking mundial para os países que têm pelo menos uma
estrutura regulatória para esses produtos e outro para aqueles que não têm
algum. O índice analisou políticas públicas em 10 categorias: estrutura
regulatória, proibição, impostos, publicidade, embalagem, varejo, vendas
online, exibição, sabores e promoção da redução de danos. 59 países foram
considerados, divididos em 4 regiões (Américas, Ásia-Oceania, Europa e
Ásia-África). Alguns resultados globais são:
A Suíça
lidera o ranking com marco regulatório para todos os produtos, com quase
nenhuma restrição de acesso, seguida pelo Reino Unido e Nova Zelândia, onde
ambos se destacam pela política de produtos vaping; recomendando-os como
alternativa para parar de fumar.
Existem
10 países que foram agrupados separadamente por não possuírem nenhum marco
regulatório específico para nenhum PNMS, questão considerada importante para a
implementação de regulação inteligente sob a abordagem de redução de danos.
Dentro destes, Guatemala e República Dominicana são os mais proeminentes, com
zero restrições a esses produtos.
A
maioria das 59 nações está consideravelmente atrasada nos cenários desejados;
sendo as recomendações sanitárias dos governos em relação a esses produtos o principal
problema, seguidas das regulamentações da publicidade e das facilidades em
termos de instrumentos fiscais.
Em
termos de produtos, as bolsas de nicotina são mais amplamente aceitas
globalmente, seguidas por dispositivos vaping e produtos de tabaco aquecido;
Snus são os menos aceitos no mundo.
A Europa tem a melhor pontuação, graças às recomendações
sanitárias de seus governos, que permitem o uso de quase todos os PNMS, com exceção do Snus (exceto na Suécia). A América Latina, por
sua vez, apresenta um atraso considerável, pois as políticas restritivas a
esses produtos são o principal problema, com El Salvador tendo a melhor
pontuação com 76,75 pontos, deixando o Uruguai em último lugar com 18,25.
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