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segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Quer trabalhar na Copa do Mundo de 2026 nos EUA? Conheça as possibilidades.


Nova York, uma das cidades-sede do Mundial 2026
Banco de Imagens

Com o final da Copa do Mundo no Catar, os torcedores já começam a contagem regressiva pelo próximo Mundial. Daqui quatro anos, os três países-sede Canadá, Estados Unidos e México receberão a competição. Junto dela, 48 seleções. Este será o maior evento já realizado pela FIFA. E, com o aumento no número de seleções, haverá também um maior deslocamento de torcedores e maior necessidade de trabalhadores para atenderem a demanda de serviços de hospitalidade, turismo e serviços. A pergunta que fica é: de onde virão esses trabalhadores?

“A solução pode estar na contratação temporária de imigrantes, que já tem ocorrido de forma substancial desde o histórico ‘apagão de mão-de-obra’ que o país sofre como um dos resultados da pandemia de Covid-19”, explica Liz Dell'Ome, advogada brasileira fundadora da Dell’Ome Law Firm, escritório com sede em Nova York especializado em imigração de brasileiros para os EUA.

A notícia é positiva para quem quer acompanhar o Mundial de 2026 mais de perto. “Embora ainda os Estados Unidos não tenham noticiado qualquer programa de imigração para esse fim em específico, reconhece-se que há um déficit importante de profissionais aptos a atuarem em grandes eventos”, afirma Liz.

Por hora, o que existe de concreto são as possibilidades imigratórias já existentes. Neste caso, os programas de visto H-2B, que permitem que os empregadores dos EUA levem cidadãos brasileiros para preencher empregos temporários, e programas como o Trainee Hospitality, destinado para profissionais e estudantes das áreas de Gastronomia, Hotelaria, Turismo e Eventos. De acordo com a advogada especializada em imigração, este programa proporciona oportunidades para quem deseja ganhar experiência em sua área de atuação em hotéis 4 a 5 estrelas, e restaurantes com selo Michelin.

Mas há outras oportunidades:


Pilotos de avião

Estados Unidos precisarão de cerca de 145 mil novos pilotos ao longo da próxima década
Banco de Imagens


Os Estados Unidos precisarão de cerca de 145 mil novos pilotos ao longo da próxima década. O dado é do Escritório de Estatísticas do Trabalho americano - Bureau of Labor Statistics (BLS), que identificou também que no início da pandemia provocada pela Covid-19 muitos desses profissionais se aposentaram antecipadamente. A aposentadoria é, inclusive, um dos principais fatores para a previsão da próxima década - só na American Airlines, maior cia aérea americana, 5 mil deles se aposentarão nos próximos 7 anos. Brasileiros interessados têm nesta uma excelente oportunidade para se mudar para o país por meio dos vistos EB-2 NIW. 

 

Tecnologia da Informação

Não se faz um grande evento sem uma grande equipe de tecnologia nos bastidores. O problema é que nunca houve uma escassez tão grande de profissionais de TI nos EUA como atualmente. Um profissional com bacharelado e pelo menos cinco anos de experiência em sua área, e tendo mestrado, são considerados profissionais acima da média, logo, elegíveis a um Green Card. A média salarial é de US$ 70 mil no ano, podendo chegar a US$ 100 mil.


Engenheiros

Neste ano, a Dell’Ome Law Firm registrou um aumento de 400% na procura por assessoria jurídica para engenheiros. Nos EUA, a alta demanda por contratação desses profissionais está em todas as áreas: civil, florestal, mecânica, elétrica, biomédica, mecatrônica, computação, produção, ambiental e sanitária. O processo também é feito com o visto EB-2 NIW.


Defcit X Demanda

Programas como o Trainee Hospitality habilita profissionais e estudantes das áreas de Gastronomia, Hotelaria, Turismo e Eventos, setores carentes de mão-de-obra nos EUA
Banco de Imagens

Além das três áreas mencionadas acima, as carreiras na enfermagem, odontologia, fisioterapia, farmácia e nutrição também estão em déficit sendo algumas delas essenciais para um país que receberá inúmeras delegações e milhares de turistas para o Mundial de 2026.

“No caso de quem busca Green Card baseado em emprego, o visto EB, o solicitante precisa comprovar que contribuiu de forma significativa para sua área de atuação no Brasil e ter formação para além da graduação – pós-graduação, MBA, cursos complementares, mestrado e doutorado ajudam no processo”, complementa Liz Dell’Ome.

Depois disso, só escolher ficar em Seattle, São Francisco, Los Angeles, Kansas City, Dallas, Atlanta, Houston, Boston, Filadélfia, Miami ou Nova York, cidades-sede dos jogos. “São nesses lugares onde mais oportunidades surgirão, e fazer o processo com um advogado de imigração para que todo o processo corra dentro da legalidade é fundamental”, finaliza.

 

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