Aprenda
a fazer o método ABCDE para saber se é hora de procurar um especialista
#dezembrolaranja
Exposição excessiva
ao sol e fatores genéticos podem ser as causas relacionadas ao câncer de pele.
Dessa forma, quem tem história familiar de câncer de pele pode ter maior risco
de desenvolvê-lo. Estamos no Dezembro Laranja, mês de conscientização do câncer
de pele.
O câncer de pele
pode ser classificado como melanoma e não melanoma (carcinoma basocelular e
espinocelular). Conheça cada um deles:
Melanoma: É o menos frequente em relação ao câncer basocelular e
espinocelular, representa 3% dos cânceres de pele no Brasil, porém, pode ser
mais agressivo, com risco de metástase. O prognóstico pode ser bom se
descoberto na fase inicial. Devido aos novos medicamentos e a detecção precoce
da doença, houve uma melhora na sobrevida desses pacientes nos últimos anos.
Segundo
estimativas do Instituto Nacional de Câncer
(INCA), o número
de casos novos estimados será de 4.200 em homens e de 4.250 em mulheres. Esses
valores correspondem a um risco estimado de 4,03 casos novos a cada 100 mil
homens e 3,94 para cada 100 mil mulheres. A região Sul do Brasil é onde se
concentra o maior número de casos e em pessoas de pele clara.
Carcinoma
basocelular: o mais comum, cerca de 80% dos casos,
pode ser mais agressivo localmente, porém, com evolução mais lenta. Pode-se
apresentar como uma pinta, mancha, nódulo ou ferida na pele.
Carcinoma
espinocelular: com origem na camada mais superficial
da pele também pode aparecer em mucosas e até em áreas de cicatrização
prolongada, como uma ferida que nunca fecha. Mais comum surgir nas áreas do
corpo que ficam mais expostas ao sol, como rosto, orelhas, lábios, pescoço e
dorso da mão. Às vezes, pode até ser necessário radioterapia no tratamento
complementar.
Segundo o INCA,
estima-se que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no
Brasil 176.930 novos casos de câncer de pele basocelular e espinocelular
(83.770 em homens e 93.160 em mulheres).
O cirurgião
plástico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Dr. Fernando Amato,
orienta procurar um médico especialista quando encontrar as seguintes
alterações em uma lesão ou pinta suspeita, método conhecido como ABCDE:
A –
Assimetria: quando uma parte da lesão é diferente da outra
B –
Borda: irregularidades no contorno
C –
Cor: cores diferentes na mesma pinta ou lesão
D –
Diâmetro: quando for maior de 6 milímetros
E –
Evolução: perceber se a lesão apresenta crescimento, muda de formato ou cor
“Feridas que não
cicatrizam depois de três semanas ou que sangram facilmente também devem ser
investigadas”, alerta Dr. Amato.
Normalmente, o dermatologista é quem faz a suspeita do diagnóstico pela dermatoscopia, exame realizado com lente de aumento, sendo necessário o estudo anatomopatológico para definição do diagnóstico.
Dependendo do
local onde está a lesão, no caso de regiões do corpo mais delicadas e expostas,
como a face, por exemplo, o paciente é encaminhado para o cirurgião plástico,
que faz a remoção e reconstrução se necessário.
“Todo material
retirado do paciente deve ser enviado para estudo anatomopatológico (biópsia)
e, dependendo do resultado, pode ser necessário outros procedimentos como por
exemplo no melanoma, em que é necessário a retirada de toda lesão para se
definir a necessidade ou não de cirurgia nos linfonódos (gânglios). Depois que
é feito o estadiamento da doença, ou seja, identificado até onde ela avançou,
pode ser necessário o envolvimento de outros especialistas, como o oncologista
para dar seguimento no tratamento”, explica o Dr. Fernando Amato.
A médica
dermatologista Dra. Luciana Malzoni Langhi,
da equipe do Dr. Fernando Amato, lista algumas dicas que contribuem muito para
a prevenção do câncer de pele:
● Usar filtro
solar diariamente, mesmo que em dias nublados, e reaplicá-lo a
cada duas ou três horas ou antes se houver suor excessivo e atividades em água.
● Evitar ao
máximo queimaduras solares durante a infância. Um dos fatores
de risco para o desenvolvimento de melanoma é a ocorrência de queimaduras
solares importantes, principalmente com formações de bolhas. Portanto, é
essencial a proteção solar adequada das crianças quando expostas ao sol.
● Não
esquecer de aplicar o filtro solar em áreas mais escondidas ou
periféricas, como axilas, pescoço, orelhas, região inguinal, cotovelos e pés.
● Usar chapéu
e óculos de sol, essenciais para a proteção adequada.
Dr. Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).
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