Comunicação não violenta é estratégia para evitar conflitos entre familiares no Natal/DIVULGAÇÃO
Comunicação não-violenta pode ser a solução para
período de confraternizações que podem gerar conflitos entre parentes
As festas de final de ano aproximam famílias e
parentes que não se veem há meses tem a oportunidades de se reencontrar para as
confraternizações de Natal e do réveillon, porém, esse período também é marcado
por discussões polêmicas e brigas entre pessoas com opiniões muito diferentes.
Para especialistas, reconhecer que seu familiar é um outro indivíduo, com
particularidades pessoais, e que quaisquer relações humanas implicam em tensões
é necessário para manter a harmonia em confraternizações.
Para a coordenadora do curso de Psicologia
da Faculdade Anhanguera, professora Cláudia Freitas, o ideal é apostar no
diálogo sem tentar convencer o outro de pontos de vista pessoais. “Em vezes,
tentamos impor nossos pensamentos por acreditar que não estamos sendo
compreendidos. É fácil perder a compostura e iniciar um desentendimento nesses
momentos”, afirma a psicóloga.
A acadêmica aborda o processo da comunicação
não-violenta para essas ocasiões. A técnica consiste em um roteiro que segue
quatro etapas: na primeira, o indivíduo deve observar o que acontece em
determinada situação sem julgamentos de valor, e, em seguida, é preciso
analisar os próprios sentimentos. “É preciso entender o que a situação nos
desperta e nomear essa emoção como medo, mágoa ou raiva, por exemplo, além de
expressar esses sentimentos”, explica.
O terceiro passo é expor as necessidades em relação
ao assunto para que conflitos do tipo não aconteçam se repitam e, por fim,
apresentar as demandas emocionais. Os familiares devem negociar o que pode ser
feito para evitar brigas no futuro, como não falar de determinados assuntos e
não fazer brincadeiras sobre um tópico sensível. Para que o pacto tenha
eficiência, o indicado é que o diálogo seja feito de forma positiva e direta,
sem frases abstratas e confusas.
A coordenadora defende, também, que se as técnicas
não funcionarem, é importante avaliar a necessidade de estar em família em
festas de final de ano. "Ninguém é obrigado a estar com pessoas que fazem
mal para sua saúde mental, mesmo em se tratando de membros da família. Se é
impossível manter conexão com pai, mãe, irmão ou outros parentes, devemos
respeitar nossos limites para garantir o bem-estar pessoal por meio do
distanciamento”, finaliza.
Anhanguera
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Kroton
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